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Geopark Estrela faz levantamento do impacto dos fogos na Serra

Associação anunciou que vai entregar candidatura a Geopark Mundial na Comissão Nacional da UNESCO no início deste mês

A Associação Geopark Estrela está a fazer o levantamento dos locais de interesse geológico da Serra da Estrela que foram afetados pelos incêndios de 15 e 16 de outubro.

Segundo o coordenador executivo, o objetivo é fazer «uma cartografia da área atingida e conseguir mitigar os efeitos do fogo nesse património, além de perceber qual é o nível de impacto que teve na candidatura» da Serra da Estrela a Geopark Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Emanuel de Castro acrescentou que a associação sediada na Guarda já manifestou aos autarcas de Seia, Gouveia e Oliveira do Hospital a sua solidariedade e o «total comprometimento» com a fase de reconstrução e de ajuda às populações afetadas. O responsável sublinhou que os incêndios que lavraram na Serra da Estrela «dizimaram recursos humanos, biodiversidade, geodiversidade e alteraram também, em muito, a imagem que a serra tem».

Emanuel de Castro acrescentou que o contributo que o Geopark Estrela pode dar é «continuar a trabalhar» para que, através da classificação da UNESCO, possam ser encontradas «outros instrumentos e outras ferramentas» para fazer face ao problema dos incêndios. Nesse sentido, está a ser preparado um programa científico para que, no próximo ano, possa ser criada uma estratégia para perceber os padrões da ocorrência de incêndios na Serra da Estrela e mitigar as suas consequências. A iniciativa envolverá o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Proteção Civil, os municípios e os agentes que «trabalham o território».

Entretanto, a Associação vai entregar no início deste mês a candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial na Comissão Nacional da UNESCO, que depois a enviará para a sede da organização em Paris. A decisão sobre a classificação do Geopark Estrela deverá ser conhecida «entre setembro de 2018 ou a primavera de 2019», anunciou Emanuel de Castro. Este projeto resulta de uma parceria do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) com a Universidade da Beira Interior e os municípios de Gouveia, Manteigas, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Guarda, Seia, Oliveira do Hospital, Covilhã e Belmonte.

Geopark Estrela está a preparar programa científico para mitigar consequências dos incêndios

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