O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) divulgou segunda-feira um levantamento que revela que em cerca de metade das escolas e jardins de infância desta zona do país o aquecimento «é inexistente, deficiente ou perigoso». Curiosamente, as escolas mais deficitárias são as do litoral, onde o Governo «teima em não instalar sistemas adequados de aquecimento por, “teoricamente”, não ser necessário», critica o SPRC, apontando também a existência de sistemas de aquecimento com irradiadores a gás, o que «é manifestamente ilegal e muito perigoso». Os casos referidos no distrito da Guarda situam-se nos concelhos de Trancoso, Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal e Vila Nova de Foz Côa e têm a ver com a manutenção do sistema de aquecimento a gás nas escolas do I ciclo. As situações apontadas pelo sindicato arrastam-se há três anos, desde que a estrutura começou a fazer o levantamento sobre os sistemas de aquecimento das cerca de 4.500 escolas da região, do pré-escolar ao ensino secundário. «O poder instalado não consegue resolver coisas tão elementares como o aquecimento e a segurança nas escolas», acusa o SPRC, responsabilizando o Ministério da Educação e as autarquias pelo «agravamento das condições de ensino e de aprendizagem nas escolas e jardins de infância públicos». Num comunicado, o sindicato exige a «rápida superação de todos os problemas diagnosticados» e a dotação das escolas com as verbas adequadas para fazerem face «às despesas acrescidas, mas necessárias, com o aquecimento».