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Futuro do ensino profissional em Trancoso preocupa

EPT enviou carta a Nuno Crato onde denuncia as dificuldades vividas pela redução do financiamento

A Escola Profissional de Trancoso (EPT) endereçou, a 24 de março, uma carta a Nuno Crato, ministro da Educação e da Ciência, denunciando as dificuldades que vivem as escolas profissionais privadas no interior, nomeadamente em termos de financiamento.

A situação atual leva a que as instalações «tenham hoje uma utilização inferior à sua real capacidade», lê-se na carta, assinada pelo diretor Eduardo Pinto, pois, apesar da EPT estar dotada de «equipamento adequado», assim como de «profissionais experientes», estes veem o seu lugar em risco por falta de alunos. O problema é agravado pelas «dificuldades financeiras» causadas por fatores como a limitação imposta de cursos a candidatar ou as contínuas alterações nas comparticipações de despesas com os alunos. A EPT refere, por exemplo, «a obrigatoriedade de candidatarmos apenas determinados cursos, inseridos nas áreas prioritárias», definidas a nível nacional, «quando sabemos que cada região apresenta necessidades específicas ao nível do mercado de trabalho».

Por outro lado, «o financiamento do POPH tem vindo a ser gradualmente reduzido» e, à data, a instituição não tinha conhecimento dos cursos e turmas a que se pode candidatar, «nem quais vão ser esses cursos» para o próximo ano letivo. Entre outros obstáculos, Eduardo Pinto salienta o facto das escolas profissionais serem penalizadas pelas desistências dos alunos, «perdendo o financiamento de um ano inteiro quer o aluno desista no primeiro ou no último dia do ano». A diminuição de turmas e financiamento leva a que a EPT «viva um momento particularmente difícil», sublinha o responsável, destacando que a escola traz «outra dinâmica à cidade e às suas microempresas».

A missiva foi também enviada ao ministro da Solidariedade, do Emprego e da Solidariedade Social, ao POPH (Programa Operacional Potencial Humano), à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, a Amílcar Salvador, presidente da Câmara local e à Associação Nacional de Escolas Profissionais. Contactado por O INTERIOR anteontem, Eduardo Pinto disse não ter tido ainda qualquer resposta.

Comentários dos nossos leitores
João Carlos jmcarlos@hotmail.com
Comentário:
Quando esta escola fechar no fim do ano letivo, gostava de saber o que a DREC vai fazer em relação aos alunos do 11º e 12º anos.
 

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