O futuro das Minas da Panasqueira, a atravessar actualmente uma profunda crise, poderá passar pelo sector do turismo. Quem o afirma é o ministro da Economia, Carlos Tavares, que durante a assinatura do contrato de financiamento do Parkurbis revelou a necessidade de encontrar «alternativas» para as minas da Panasqueira, indo assim ao encontro das intenções do autarca covilhanense. Recorde-se que Carlos Pinto já tinha anunciado a possibilidade de aproveitar o vasto património mineiro em ruína para espaços turísticos e culturais, impulsionando assim outras formas de desenvolvimento económico de uma localidade centrada na exploração das minas de volfrâmio e tungsténio.
Embora garanta que «estão a ser feitos todos os esforços» para fazer «cumprir o contrato» assinado com a concessionária Beralt Tin & Wolfram para manter em laboração a mina que emprega 220 trabalhadores, Carlos Tavares tem consciência que a extracção do tungsténio e do volfrâmio não pode durar para sempre e há que estar precavido com essa situação. Para o governante, há que tirar partido das potencialidades turísticas da região. Até porque, acrescenta, o turismo é o «sector onde se pode dar mais rapidamente saltos qualitativos», uma vez que existe na Beira Interior «uma margem de manobra para o aproveitamento turístico da região e, em particular, da Serra da Estrela».
A promoção da marca serra da Estrela é, a par do Parkurbis e do Regadio da Cova da Beira, uma das medidas apontadas no Programa de Áreas e Sectores Deprimidos (PRASD) elaborado pelo economista Daniel Bessa para a revitalização da economia regional. No entanto, Carlos Tavares ainda não quis adiantar nada sobre o desejo da autarquia covilhanense e da Turistrela criarem nas Penhas da Saúde uma zona de jogo. «É um assunto que estamos a estudar e não quero falar do jogo hoje», justificou, acrescentando que o casino na Serra não é assunto principal. «Há vários projectos apresentados pelo presidente da Câmara que julgo que vão dar uma vida mais intensa a esta região», adianta.
