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Fundos comunitários na região Centro com taxa de execução de 15 por cento

O Programa Operacional Centro 2020 está com uma taxa de execução de 15 pro cento dos fundos comunitários, menos de metade da taxa registada no período homólogo do quadro comunitário anterior, informou em julho a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

No quadro comunitário anterior (2008-2013), o programa operacional regional do Centro registava, por esta altura, uma taxa de execução de 35 por cento, sendo que a diferença se explica pelo prolongamento do quadro anterior, que apenas foi concluído em 2015, e por um «arranque muito lento do Portugal 2020», disse na altura a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Segundo Ana Abrunhosa, será necessário retirar «lições para os pós-2020», garantindo maior celeridade na aplicação do próximo quadro, nomeadamente no processo de designação das autoridades gestoras dos fundos, cujo processo demorou «ano e meio».

«A transição entre quadros tem de ser muito mais rápida», defendeu a responsável, adiantando que o Programa Centro 2020 conta com uma taxa de compromisso de investimento de 54 pro cento dos fundos disponíveis, esperando a CCDRC que ao longo deste ano se acelere a taxa de execução e que esta se aproxime da taxa de compromisso. No entanto, nos apoios para as empresas da região Centro, a história é diferente, estando todos os fundos já comprometidos e com uma taxa de execução de 40 por cento, salientou a presidente da CCDRC.

Centro 2020 apoia 73 projetos na Guarda

A Câmara da Guarda e as empresas Olano, que se dedica à logística de frio, e ACI, de componentes para automóveis, são os maiores beneficiários do programa Centro 2020 no concelho da Guarda (ver quadro na pág. 5).

Segundo a listagem divulgada a 3 de agosto, a que O INTERIOR teve acesso, o município viu aprovadas 12 candidaturas de projetos de regeneração urbana e de requalificação de edifícios escolares num valor global de quase 3,4 milhões de euros. A comparticipação de fundos comunitários obtida ultrapassa os 2,8 milhões de euros. No caso da Olano, a transportadora sediada na plataforma logística recebeu apoios para quatro projetos com despesas elegíveis totais de cerca de 8,3 milhões de euros. O Centro 2020 atribuiu a estas iniciativas perto de 4,9 milhões de euros. Já a ACI, que labora no parque industrial da Guarda, candidatou dois projetos com despesas elegíveis da ordem dos 3 milhões de euros, tendo garantido apoios comunitários de mais de 1,8 milhões de euros para concretizar iniciativas relacionadas com componentes poliméricos e de silicone. Por sua vez, a Levo Ambienta S.A. foi outra das empresas que maior apoio recebeu com um total aprovado de 369.339 euros com uma candidatura de internacionalização da sua atividade com despesas elegíveis de 820.755 euros.

Em termos gerais, o Centro 2020 aprovou 72 projetos de empresas, de empresários em nome individual e entidades públicas.

Covilhã com 72 candidaturas aprovadas

Com onze candidaturas aprovadas, o município da Covilhã é a entidade que mais apoios vai receber do Programa Operacional Centro 2020 (ver quadro na pág.6).

São cerca de 6,6 milhões de euros para projetos como a criação da rede de bicicletas elétricas, um centro de incubação, a requalificação de edifícios, de jardins de infância, da central de camionagem e de escolas do primeiro ciclo do ensino básico. Também a construção do Centro de Inovação Cultural no antigo Teatro-Cine está entre as candidaturas aprovadas, que representam um valor total de despesas elegíveis de pouco mais de 7,5 milhões de euros. A Universidade da Beira Interior (UBI) obteve cerca de 2,4 milhões de euros para seis projetos com despesas elegíveis da ordem dos 2,9 milhões de euros. Trata-se da criação de um laboratório e incubadora de média regionais e de trabalhos de investigação. O setor da hotelaria é outro dos contemplados graças a seis candidaturas de privados que totalizam cerca de 8,2 milhões de euros de despesas elegíveis e conseguiram quase 5,4 milhões de euros de comparticipações comunitárias.

O maior apoio concedido a privados foi obtido pela empresa Joalpe, fabricante de artigos de plástico no parque industrial do Tortosendo, que garantiu mais de 1,4 milhões de euros para aumentar a sua capacidade produtiva tendo candidato um projeto com despesas elegíveis da ordem dos 2,4 milhões de euros.

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