Arquivo

Fundão mantém Urgências

Acordo entre autarquia e Governo garante permanência do serviço até à meia-noite

O presidente da Câmara do Fundão anunciou no passado domingo ter chegado a acordo com o Ministério da Saúde para a manutenção das Urgências no Hospital da cidade, cujo encerramento foi previsto num estudo encomendado pelo Governo. De acordo com Manuel Frexes, o protocolo, a assinar em data a agendar, prevê que o serviço continue a funcionar, mas, em vez de estar aberto 24 horas, vai fechar entre a meia-noite e as 8 da manhã «devido à escassez de utentes», isto a partir de 1 de Outubro deste ano.

O documento, acordado na semana passada, prevê ainda que sejam atribuídos novos veículos de transporte de doentes ao Hospital do Fundão, que vê ainda aumentar em 22 camas os Cuidados Paliativos, uma área em que está especializado. «Só ainda não assinámos o protocolo por respeito à Assembleia Municipal do Fundão, que tem de se pronunciar sobre esta matéria», revelou o edil no passado domingo. No entanto, no dia seguinte a Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade, uma moção de apoio às negociações mantidas pelos presidentes da Câmara e Assembleia Municipal com o Ministério da Saúde. O acordo foi revelado por Manuel Frexes depois de confrontado pela Lusa com os protocolos assinados no sábado com seis municípios, com vista à reestruturação da rede de Urgências. Manuel Frexes espera em breve poder subscrever o documento com o ministro da Saúde para o Fundão, que, em sua opinião, «vai reforçar» o hospital da cidade. «Nós agarrámos a questão das Urgências para resolver outra questão mais ampla, que é a do papel do hospital do Fundão», realçou o autarca, sublinhando que «para perpetuar» aquela unidade hospitalar «é preciso dar-lhe uma função útil. E é essa função [Cuidados Paliativos] que saiu reforçada neste protocolo». De resto, de acordo com o edil, o acordo abre ainda portas a outras melhorias ao nível dos equipamentos e valências médicas para o hospital. Recorde-se que as Urgências do Fundão constavam de uma “lista negra”, elaborada por uma comissão de peritos nomeada pelo Ministério da Saúde, de 15 serviços que deveriam encerrar até final do ano.

Sobre o autor

Leave a Reply