O futuro Memorial aos Refugiados da IIª Guerra Mundial e ao Cônsul Aristides Sousa Mendes, em Vilar Formoso, vai ter um apoio monetário da fundação norueguesa EEA Grants – Espaço Económico Europeu, no valor de cerca de 300 mil euros.
A obra, que ronda os 730 mil euros, pretende homenagear os sobreviventes do Holocausto e recriar a sua viagem até à fronteira portuguesa. O lançamento da primeira pedra do futuro museu decorreu na quinta-feira com a presença da comitiva “On The Road To Freedom”, entre os quais quatro sobreviventes que puderam escapar aos nazis graças a Aristides Sousa Mendes. Apesar de não ter tido possibilidade de estar na cerimónia, António Baptista Ribeiro refere que «os sobreviventes e os familiares que fizeram parte do evento ficaram muito agradecidos e sensibilizados». Para os que não puderam estar, o presidente da Câmara de Almeida garante que «vamos deixar uma gravação dos 67 nomes que não estiveram porque se encontram nos Estados Unidos da América e no Reino Unido, essencialmente».
Sobre a divulgação do projeto, o autarca adiantou que, até 9 de setembro, «está patente nos EUA uma exposição temática». Além disso, o objetivo é chegar, também, às comunidades judaicas de «França, Luxemburgo, Holanda, Bélgica, entre outras», revela Baptista Ribeiro. Já em Portugal «queremos fazer com que as escolas e o público em geral nos visite e conheça esta epopeia», acrescenta o edil. Para já, a obra física já foi adjudicada e, segundo o presidente, «no início do verão de 2017 estará concluída». O projeto, da arquiteta Luísa Pacheco Marques, com conteúdos da historiadora Margarida Magalhães Ramalho, ficará albergado nos antigos armazéns da REFER, em Vilar Formoso.