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Fundação Manuel Cargaleiro abre em Castelo Branco

Museu vai acolher cinco mil peças criadas pelo artista ou adquiridas ao longo dos anos

A Fundação Manuel Cargaleiro, criada pelo pintor e ceramista português para gerir as suas obras, está sedeada em Castelo Branco desde sábado, depois de uma cerimónia pública de alteração de estatutos.

«Já posso morrer tranquilo», disse o artista, de 83 anos, que justificou a mudança de Lisboa para Castelo Branco por ter nascido e vivido no distrito e por a cidade ter investido num museu para acolher as suas colecções. Manuel Cargaleiro, natural de Chão das Servas, concelho de Vila Velha de Ródão (onde também coordena oficinas artísticas), falava durante a cerimónia de alteração de estatutos da fundação, que decorreu no salão nobre da autarquia albicastrense. O Museu Manuel Cargaleiro «é o maior projecto cultural alguma vez feito em Castelo Branco», destacou aos jornalistas Joaquim Morão, presidente da Câmara, sublinhando o investimento feito na inventariação de 5.000 obras do artista, da sua autoria e outras adquiridas ao longo dos anos. Entre elas encontram-se, nomeadamente, pinturas, tapeçarias, cerâmicas e azulejos.

O museu funciona na Rua dos Cavaleiros, onde fica também a sede da fundação. Até ao final do ano devem estar prontas as obras de ampliação para acolher mais peças actualmente dispersas. «O segundo passo é a projecção nacional, pois o mais importante é conseguir preservar uma colecção de relevo para o país e evitar que seja desbaratada», afirmou o edil, que manifestou a intenção de homenagear Manuel Cargaleiro. Por sua vez, o pintor e ceramista sublinhou ter tido «promessas de outras Câmaras para acolher a fundação, mas de promessas está o inferno cheio. Na realidade só Joaquim Morão é que foi directo».

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