Nem a chuva e muito menos o frio fizeram arrefecer o ânimo e entusiasmo dos estudantes da Universidade da Beira Interior em mais um tradicional desfile da Latada, na Covilhã. Na tarde da passada quarta-feira, o cortejo, que deambulou entre a Rotunda do Rato e o Pelourinho, animou a cidade e prolongou-se até às primeiras horas da noite.
Entre “fatos”, coreografias, carros mais ou menos imaginativos e trabalhados, todos os cursos da UBI fizeram a festa sob o olhar atento de muito público. Houve muita alegria, animação, álcool e gritos de apoio, bem como as tradicionais “farpas” aos outros cursos, através de cânticos ou de cartazes. Uns mais organizados que outros, todos os participantes deram o seu melhor para impressionar os elementos dos júris, que estiveram espalhados ao longo do percurso. A inevitável crise, o aumento dos impostos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou as habituais críticas ao pagamento de propinas foram alguns dos temas em destaque nas “caranavas” de cada curso.
Engenharia Aeronáutica apostou num assunto local – o fim do aeródromo municipal com a instalação do Data Center da PT –, o que talvez tenha contribuído para a atribuição do primeiro lugar. A abrir o cortejo seguiu Medicina, que apostou num enorme boneco que representava Paulo Macedo, o criticado ministro da Saúde. Como boa Latada que se preze, não poderiam ter faltado as inevitáveis ambulâncias para socorrer quem bebeu mais que a medida. Quem não marcou presença este ano, por causa das condições atmosféricas adversas, foi a habitual burra carregada com vinho. Os três primeiros lugares pertenceram, respetivamente, a Engenharia Aeronáutica, Ciências Biomédicas e Ciências Farmacêuticas. Para o ano há mais.
Ricardo Cordeiro 
