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“Frangos à solta” na Mêda

Marcelino ainda defendeu um penalty, mas tem muitas culpas no empate da sua equipa com o Aguiar da Beira

Num dos jogos grandes da sexta jornada do Distrital da Guarda, Sporting da Mêda e Aguiar da Beira, duas equipas com pretensões aos lugares cimeiros, não conseguiram melhor que um empate a duas bolas. A par da cem por cento vitoriosa União Desportiva de Seia, as duas formações continuam assim sem perder, dividindo os pontos num jogo que teve três grandes penalidades e dois “frangos”.

A primeira parte ficou marcada por duas grandes penalidades, uma convertida e a outra falhada, num jogo disputado num terreno muito pesado e debaixo de chuva. Aos 6 , Marcelino cometeu falta sobre um adversário e Marco Rodrigues não teve dúvidas em apontar para a marca do castigo máximo. Contudo, chamado a converter, Agostinho permitiu a defesa ao guardião medense. Na primeira metade assistiu-se a um jogo de muita luta a meio-campo, com poucas oportunidades de golo para cada lado. À passagem do minuto 24, o árbitro assinalou nova grande penalidade, desta vez a favor da equipa da casa, por pretensa mão na bola de um defensor aguiarense. Paulo João não desperdiçou esta soberana oportunidade e colocou o Sporting da Mêda em vantagem.

A etapa complementar foi muito diferente, já que o Aguiar da Beira entrou muito pressionante, com o objectivo de anular, o mais rápido possível, a desvantagem. Quanto à equipa da casa apostou no contra-ataque para criar perigo e aos 48 , Paulo João fugiu pela direita e cruzou com perigo para Tiago, mas Patrício antecipou-se e agarrou o esférico. Até que aos 51 , na sequência de um livre marcado no flanco direito, a turma visitante chegou à igualdade no marcador, por intermédio de Mozer que cabeceou sem qualquer marcação. Contudo, o remate do “gigante” central do Aguiar foi direitinho a Marcelino que, depois de parecer ter agarrado a bola, deixou o esférico passar por debaixo do seu corpo. Volvidos apenas seis minutos, o Aguiar consumou a reviravolta no marcador, beneficiando de novo deslize do guardião medense. Após um canto na direita, Nuno Sena apareceu ao segundo poste a cabecear forte, com Marcelino ainda a tocar na bola, mas a não evitar novo golo. A Mêda não conseguia reagir e aos 59 , Tó Zé apareceu isolado frente a Marcelino, mas desta feita, o guardião negou o golo. Volvidos oito minutos, na marcação de mais um livre, Mozer voltou a cabecear sem marcação, mas desta vez o remate saiu ao lado. Nos últimos 20 minutos, a Mêda sacudiu um pouco a pressão, beneficiando de novo penalti, aos 73 , por carga de Sérgio sobre Paulo João, que foi dos mais inconformados da sua equipa. Desta feita, quem assumiu a marcação foi Tiago que atirou fora do alcance de Patrício. Até ao final, assistiu-se a um jogo equilibrado, com o marcador a não sofrer mais alterações. Marco Rodrigues fez um trabalho positivo.

No final, Vítor Moreira lamentou o facto do Sporting da Mêda «mais uma vez ter sofrido golos de bola parada. São situações que tenho que repensar porque não podemos sofrer golos desses. Também é certo que marcámos dois penaltis, mas fruto de jogadas corridas», sublinhou. Do outro lado, Totá, considerou o empate «penalizador» para o que a sua equipa fez, já que na primeira parte «teve azar em não marcar o penalti» e na segunda «entrou muito forte e depois de fazer o 2-1 podia ter voltado a marcar logo a seguir e aí penso que o jogo acabava», realça, assumindo que o Aguiar «está a crescer e que é um sério candidato ao primeiro lugar».

Ricardo Cordeiro

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