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Francisco Assis rejeita o rótulo de “pára-quedista”

Cabeça-de-lista do PS às legislativas pelo círculo da Guarda não se considera «escolha de última hora» do partido

O cabeça-de-lista do PS pelo círculo da Guarda às legislativas de 27 de Setembro, Francisco Assis, disse na última segunda-feira, em conferência de imprensa, não se considerar «uma escolha de última hora» do partido e rejeitou o rótulo de “pára-quedista”, apesar de concorrer à Assembleia da República por um distrito onde não é militante. «Contraí a responsabilidade com a Guarda e vou assumi-la até ao limite», afirmou na sua primeira aparição pública por cá, elegendo a sua experiência de 20 anos na política como o principal trunfo para representar o distrito.

Confrontado com o facto de ter entrado para a reunião da Comissão Política Nacional julgando-se sétimo pelo Porto – e de ter saído como número um pela Guarda –, Francisco Assis sustentou que «quem tem um percurso desta natureza [de 20 anos] não pode ficar surpreendido», defendendo que, «em política, não há última hora». «Quero colocar a experiência que possuo ao serviço da Guarda», declarou, mostrando-se convicto de que «contribuiremos a partir deste distrito para que o PS renove a maioria». De resto, o candidato disse não se considerar «“pára-quedista” em nenhum sítio do meu país» e repudiou mesmo o conceito. Na conferência de imprensa de apresentação da lista socialista, Francisco Assis sublinhou que se candidata a «um mandato nacional» e não a uma autarquia, pelo que não faz tenção de «inventar uma ligação ancestral» à Guarda. «Não me considero “pára-quedista” porque sou português», reforçou. E deixou o recado aos seus adversários [Álvaro Amaro disse-se «ofendido» com a escolha de Assis]: «Não tenciono perder muito tempo com ataques gratuitos», avisou.

O cabeça-de-lista socialista prefere falar numa «campanha com propostas e ideias», querendo «ouvir para propor», e prometeu «um contacto muito íntimo com a Guarda» depois de eleito, nomeadamente com a estrutura distrital. Os problemas da interioridade foram os temas mais abordados pelo candidato, tendo colocado o distrito entre «os que têm um maior potencial» em toda a faixa interior do país, ao fazer alusão à plataforma logística da Guarda, à «dinâmica cultural» e ainda ao turismo. No seu entender, a Guarda goza de uma «centralidade física», pelo que «há que mostrar em Lisboa que temos aqui uma nova oportunidade para o país», afirmou. «Tudo farei para representar da forma mais digna o distrito», acrescentou Francisco Assis. O socialista apelou ainda ao voto de todos os que se identificam com a esquerda e centro-esquerda para que «não se perca» o trabalho que o PS tem feito ao longo desta legislatura.

Quanto à lista – que tem José Albano Marques como segundo e Rita Miguel em terceiro lugar –, Francisco Assis entende que é «de qualidade, jovem e empenhada». Por sua vez, o presidente da Federação PS também se mostrou optimista em relação às próximas legislativas. José Albano Marques considerou que «a lista é representativa dos concelhos do distrito» e reflecte a «vontade clara em ter um bom resultado». «Estão 50 por cento dos concelhos representados», apontou. Nuno Silva, Maria Helena Ferreira, Matilde Fernandes, Rúben Figueiredo e José Freire são os restantes elementos da lista socialista.

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