O Foz Côa venceu a Taça de Honra da Associação de Futebol da Guarda (AFG) após vencer na final o Desportivo de Trancoso por 3-1.
A hospitaleira cidade da Mêda foi o palco escolhido para a realização da partida, tendo público e claques comparecido em número apreciável, pois o jogo previa-se equilibrado tendo em conta a classificação das equipas no Distrital.
O Trancoso entrou melhor e logo no primeiro minuto teve um canto a seu favor. O domínio inicial dos trancosenses manteve-se até aos 15’ e logo de seguida, aos 16’, o Foz Côa adiantou-se no marcador pelo capitão Bruno Coutinho. Zé Pedro Marra ganhou a bola a um adversário na esquerda e entregou-a a Bruno Coutinho, que fez um golo de belo efeito, suscitando alegria na ruidosa claque da equipa duriense. A partir daí, o Trancoso tomou novamente as rédeas do encontro e pressionou o último reduto do Foz Côa, que, com determinação, segurança e alguma sorte à mistura, lá foi segurando o resultado até ao intervalo. No segundo tempo, a equipa da “cidade de Bandarra” arriscou tudo e o técnico Nuno Jerónimo fez duas alterações ao intervalo, aumentando ainda mais a pressão na busca do empate.
No entanto, essa pressão nem sempre foi exercida da melhor maneira. O Trancoso abusou das bolas altas para a área adversária na expetativa de que Galhardo resolvesse, mas os centrais e o guarda-redes contrários chegaram para as encomendas. Até que aos 69’, Mauro cometeu falta na grande área e o árbitro assinalou de imediato a respetiva grande penalidade, que Quim converteu. Pouco depois do empate ocorreu uma jogada polémica, já que Liberata, do Trancoso, introduziu a bola na baliza fozcoense, mas o lance foi anulado por alegado fora-de-jogo assinalado pelo auxiliar. Azar dos azares, acabou por ser o Foz Côa a adiantar-se no marcador quando Zé Santos, ao segundo poste, respondeu da melhor maneira a um cruzamento de Fábio Fernandes.
Em desvantagem, os nervos apoderaram-se dos trancosenses, tendo os fozcoenses aproveitado para marcar o terceiro golo. Bruno Coutinho sentenciou a partida após passe de Mélita. Quanto ao árbitro, Gonçalo Martins esteve tecnicamente impecável, bem fisicamente e excelente na lei da vantagem, deixando sempre jogar. No aspeto disciplinar poderia e deveria ter exibido o segundo amarelo a Davide. No lance do golo anulado ao Trancoso, a nossa posição no estádio não nos permite avaliar com exatidão, pelo que damos o benefício da dúvida ao assistente. Já a grande penalidade contra o Foz Côa foi bem assinalada e o infrator foi corretamente advertido.
Daniel Soares