O Fornos de Algodres poderá vir a perder a indemnização monetária a que tem direito pelas transferências de Bosingwa e de Chidi, antigos atletas das suas camadas jovens, para equipas estrangeiras, caso o impasse directivo não seja solucionado e o clube não se inscreva nesta temporada de regresso ao Nacional da IIIª Divisão.
Apesar do valor concreto ainda não ter sido encontrado, o campeão distrital da Guarda deveria ter direito a uma compensação de cerca de 100 mil euros pelo Chelsea, o novo clube de Bosingwa. Em relação a Chidi, avançado nigeriano que representou os juniores do Fornos, a sua transferência do Rio Ave para os romenos do Poli Timisoara poderá render 28 mil euros. O problema está agora em encontrar uma solução directiva para o Fornos, uma vez que as três Assembleias-Gerais já realizadas não deram em nada. Ao que O INTERIOR conseguiu apurar, existe um grupo de sócios interessados em assumir os destinos da Desportiva fornense, mas ainda não se terá entendido com a autarquia em relação aos apoios financeiros e logísticos a conceder para a próxima época.
Estava agendada para ontem à noite uma nova Assembleia-Geral extraordinária, já depois do fecho desta edição, onde tudo deverá ter ficado decidido com três hipóteses em cima da mesa: o vazio directivo prevalece e o clube não se inscreve em competições oficiais, perdendo o direito à compensação pela formação de Bosingwa e Chidi; inscreve-se na IIIª Divisão ou, em última opção, continua a militar no Distrital. Pedro Falcão, presidente da direcção cessante, adianta já ter avisado os sócios que, «se não se entenderem, o clube perde as indemnizações».
