Jogo bem disputado a justificar a boa moldura humana nas bancadas do municipal de Mangualde. O Fornos apresentou-se a jogar curtinho e com boa circulação de bola, mas a não dar seguimento na zona de rigor, com o Mangualde a responder em contra-ataque e com lançamentos longos.
Foi mesmo Faneca II, central fornense, a agitar a partida numa jogada individual em que saiu da sua área com a bola dominada, passando pelos adversários que lhe foram surgindo pela frente para, a uns 40 metros da baliza, rematar fortíssimo por cima da trave. A partir daqui, os visitantes pegaram no jogo e remataram por três vezes à baliza mangualdense, onde o guarda-redes se opôs com valentia. Aos 27’, deu-se o caso da tarde, com Faria a travar Bruno Costa em falta quando este seguia isolado para a baliza fornense. Uma jogada a merecer cartão vermelho, mas que o árbitro puniu com o amarelo, o que originou muitos protestos por parte dos jogadores e público do Mangualde. Dois minutos depois o árbitro voltou a errar, já que fez vista grossa a uma falta sobre Santos junto à linha de grande área. Aos 34’, Paulo Silva centrou com conta, peso e medida para um espectacular remate acrobático de Oliveira, a que Manuel Fernandes se opôs bem.
Mas dois minutos depois surgiu o golo do Mangualde. Trindade progrediu no terreno, com dois jogadores do Fornos na ilharga, mas estes não pressionaram e nem sequer tentaram roubar o esférico, à espera que o adversário mandasse a bola fora para um colega seu receber assistência médica. Só que Trindade optou por bombear para a baliza, onde o guardião Carlitos agarrou a bola junto à linha de golo, escorregou e entrou com o esférico para dentro da baliza, originando um caso insólito. O Fornos regressou das cabinas para procurar a igualdade. No entanto, aos 74’, surgiu uma contrariedade, já que Vitinha e Manuel Fernandes chocaram na sequência de um cruzamento e tiveram que ser transportados para o hospital. O golo da igualdade surgiu aos 86’, através de um remate de Faneca I, e veio relançar o jogo. Só que os nervos vieram ao de cima a partir daqui, originando duas expulsões, uma para cada lado, no espaço de três minutos. O resultado é aceitável, embora seja lisonjeiro para o Mangualde. A arbitragem foi irregular, mas sem influência no resultado.
João Ferreira