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Fogo de Paipenela deixou 100 mil euros de prejuízo

De acordo com levantamento efectuado pela autarquia no final da semana passada

O incêndio de Paipenela, ocorrido na semana passada no concelho da Mêda, causou mais de 100 mil euros de prejuízos e consumiu cerca de 700 hectares, de acordo com o levantamento efectuado pela autarquia.

Aquele que é o maior fogo registado, até ao momento, no distrito esteve activo durante mais de 12 horas e consumiu «mato, pinhal, searas, olivais, vinhas, árvores de fruto, produtos hortícolas, algumas arrecadações e duas casas», concretiza João Mourato. O presidente da autarquia vai agora enviar o relatório «às entidades competentes» para que os lesados possam ser apoiados ou ressarcidos dos «enormes prejuízos» causados pelas chamas. «O Governo vai ter que nos ajudar. Isso decorre do princípio de solidariedade do Estado, que tem que ser real e concreto para com as pessoas afectadas», acrescenta o edil. Segundo João Mourato, as chamas afectaram «seriamente a economia familiar de muita gente que vive exclusivamente da agricultura, o que também terá efeitos na economia local». Tanto mais que a Mêda é um município «do interior, onde esta actividade é dominante», reforça.

As causas do incêndio já estão a ser investigadas pela Polícia Judiciária, pois terá deflagrado pouco depois do helicóptero estacionado na cidade ter regressado de uma ocorrência na zona de Celorico da Beira. «Conforme estipulam as normas de segurança e de voo destes aparelhos, o helicóptero só pode levantar para outra missão meia hora depois de aterrar, pelo que não foi possível contar com o seu apoio de imediato», disse a O INTERIOR fonte dos bombeiros locais. O fogo iniciou-se em Casteição, na zona do marco geodésico, e chegou até perto de Marialva, tendo ameaçado inclusivamente algumas casas das localidades de Paipenela e Carvalhal. «Foi o maior incêndio da última década neste município», garante o autarca, que esteve no local na noite do sinistro. O sinistro, que chegou a ter três frentes activas, foi combatido por 173 bombeiros, 45 viaturas, dois aerotanques pesados Canadair, um helibombardeiro pesado Kamov. No teatro de operações estiveram ainda os elementos de dois grupos de Reforço de Incêndios Florestais vindos de Viseu e Aveiro, além de um grupo de análise e uso do fogo.

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