O incêndio da Bendada (Sabugal), em agosto passado, foi o maior do ano e custou ao Estado cerca de 256 mil euros, revelou a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). O fogo consumiu 1.720 hectares e teve origem numa queimada.
A mesma causa tiveram outros dois grandes incêndios em Bragança, que geraram prejuízos de cerca de 246 mil euros e 222 mil euros. A lista inclui ainda um fogo provocado por um conflito entre caçadores no distrito de Vila Real, que resultou em danos avaliados em cerca de 141 mil euros. No total, estas quatro ocorrências custaram ao Estado cerca de 1,1 milhões de euros, mas, segundo a ANPC, a este montante acresce o valor dos meios envolvidos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais, cerca de 66 milhões de euros. «É menos 12 por cento do que em 2010, num ano em que o dispositivo durou mais 33 dias devido às temperaturas registadas em outubro», acrescentou a ANPC.
A maior fatia (39 milhões) foi gasta com os meios aéreos, enquanto os meios humanos gastaram 17 milhões e os combustíveis levaram dois milhões. A Proteção Civil adianta que houve ainda sete milhões em despesas extraordinárias não especificadas. Já o último relatório da Autoridade Florestal Nacional (AFN) indica que a área ardida desceu este ano para metade em relação a 2010, mas o número de incêndios aumentou cerca de 15 por cento, tendo para isso contribuído os fogos registados em Outubro. Segundo a AFN, entre 1 de janeiro e 31 de outubro arderam 70.193 hectares de florestas, menos 62.795 que no ano passado.