As noites do último fim de semana foram tudo menos calmas na cidade da Guarda. De sexta-feira para sábado, três homens foram detidos pela PSP depois de terem assaltado a conhecida Pensão Aliança, situada na Rua Vasco da Gama, enquanto que nas duas noites seguintes foram partidas montras de duas lojas situadas na Rua da Torre, em pleno centro histórico, junto à Sé Catedral.
Eram 1h50 da madrugada de sábado quando Ricardo Carola, que estava no primeiro andar da Pensão Aliança, viu através da câmara de videovigilância presente no quarto do serviço noturno «dois indivíduos» no bar do restaurante. De imediato, o genro do proprietário do espaço deu o alarme para a PSP da Guarda, cujos agentes responderam «prontamente ao pedido de auxílio», tanto que conseguiram deter os três homens que terão perpetrado o assalto. Ricardo Carola adiantou a O INTERIOR que foram furtadas «garrafas de bebidas alcoólicas e rebuçados», para além dos larápios «terem partido a montra e danificado a máquina do tabaco». O cozinheiro revelou que «algumas garrafas foram recuperadas, mas outras não», estimando que o prejuízo ronde os dois mil euros, desconhecendo ainda se o seguro irá cobrir os estragos. As peripécias desta noite não se ficaram por aqui para Ricardo Carola, que acabou por «fazer uma direta» para se apresentar «às 9h30» no Tribunal de turno, em Almeida, para prestar o seu depoimento. O que é certo é que às 11 horas foi informado por uma funcionária de que «não ia haver julgamento e que o caso ia para inquérito».
A testemunha lamenta a situação, até porque «a PSP fez tudo para que houvesse julgamento». O INTERIOR tentou obter uma posição do comando distrital sobre este assalto, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição. Na sua página do facebook, o Comando Distrital da Guarda informa que foram detidos «três indivíduos do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 20 e os 36 anos, por furto em estabelecimento comercial, tendo sido recuperados alguns artigos subtraídos». Já na noite de sábado para domingo, a Casa do Bom Café ficou com uma das suas montras partidas, tendo os larápios levado apenas uns chinelos que estavam na montra e não chegaram a entrar no estabelecimento. Maria Hermínia Lopes diz que o que foi roubado «não tem expressão», mas queixa-se de «uma onda de vandalismo na Rua da Torre» e que, desde o início do ano, «já foram partidas seis montras» naquela artéria. O alarme tocou à 1h26 e havia uma «zaragata com uns 50 ou 60 jovens à bulha na Praça Velha que só pararam quando a polícia chegou», conta.
A proprietária da loja queixa-se de que há «falta de policiamento, de iluminação» e que a Rua está «votada ao abandono e há uma sensação de insegurança total». De acordo com esta comerciante, de domingo para segunda-feira, um estabelecimento já encerrado, ficou com duas montras partidas. Ainda na noite de sábado, verificaram-se desacatos num bar também situado na zona histórica da cidade.
Já na Covilhã, na madrugada de sábado foram identificados e constituídos arguidos por suspeita de furto numa residência dois homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 22 e os 33 anos, todos residentes no concelho. A residência em causa situa-se na Rua Marquês d’Ávila e Bolama. Os suspeitos foram identificados cerca de duas horas após o assalto, tendo sido apreendida a totalidade dos artigos furtados, que foram avaliados pela proprietária em 1.530 euros. A um dos suspeitos foi ainda apreendida uma arma de fogo.
Ricardo Cordeiro 
