Num jogo disputado “taco-a-taco” e com incerteza no resultado até final, levou a melhor o Ginásio Figueirense que conseguiu, com raça e determinação, dar a volta a um cenário desfavorável.
Apesar de não ter sido de “encher o olho”, a primeira parte foi bem jogada, com as equipas a ultrapassarem facilmente os receios e respeitos mútuos, privilegiando muitas vezes o contra-ataque como “arma” predilecta. Desta forma, nos primeiros 45 minutos, acabou por ser mais feliz a equipa visitante, já que Ricardito aproveitou uma dessas oportunidades para, quase à beira do intervalo, abrir a marcha do marcador. Isolado, na cara de Bruno, não teve grande dificuldade em desfeitear pela primeira, e única vez, o guardião da casa. O intervalo parece ter sido bom conselheiro para os homens comandados por Paulo Baptista, pois o Ginásio regressou dos balneários ainda mais pressionante e com determinação para lutar por um resultado que fosse mais ao encontro das suas perspectivas e ambições. E como quem porfia, sempre alcança, Paulo Jacinto concretizou o tão almejado golo, obtendo assim o empate à passagem do minuto 58, numa jogada em que a acção de Tó Luís foi determinante ao deixar passar a bola para isolar o colega.
O Figueirense continuou a carregar e foi Rutt que, aos 70’, uma vez mais, “ensinou” os seus companheiros mais adiantados a fazer golo, ao corresponder a um cruzamento da direita a rasgar por completo a defensiva, algo permissiva nessa altura do jogo, da equipa sabugalense. Estava feito o resultado, mas não terminado o jogo. O Sabugal acordou tarde demais para a recta final, numa partida disputada com algum nevoeiro, mas não o bastante para que o árbitro Fernando Nevado tivesse entendido não haver condições mínimas. A fechar a contenda, o Sabugal dispôs de duas flagrantes oportunidades às quais se opôs Bruno com outras duas, não menos, soberbas defesas, segurando um resultado muito saudado – e suado – pelos homens da casa. O resultado final aceita-se, apesar do empate não escandalizar ninguém daqueles que marcaram presença no Municipal Figueirense.
Carlos Coelho
