Depois de um jogo bastante atribulado em Gonçalo, o Ginásio Figueirense, um dos comandantes do Distrital, recebeu e derrotou o Desportivo de Gouveia por 3-0. Com pouco público a assistir, os pupilos de Manuel Barbosa entraram decididos a resolver cedo a partida, mas encontraram pela frente um opositor bem escalonado no terreno para tentar neutralizar os jogadores mais influentes do Figueirense.
A equipa de António Oeiras ia tentando de vez em quando o contra-ataque, mas sem causar grande perigo para Boneco, que se limitou a controlar as operações e a ver jogar. Na primeira parte, o guardião figueirense foi obrigado a intervir uma única vez, arrojando-se aos pés de um adversário. Os locais pressionavam e o golo surgiu aos 29 , altura em que Gerry se esgueirou pela esquerda e centrou para a área, onde Cédric apareceu a facturar o primeiro. Fernando nada pôde fazer para evitar o golo. O Figueirense queria resolver a partida o mais cedo possível e, volvidos sete minutos, Gerry aproveitou da melhor forma um falhanço da defesa gouveense para fazer o segundo. Apesar de nunca terem virado a cara a luta, os homens de António Oeiras pouco ou nada puderam fazer perante um Figueirense, cuja mais-valia dos seus atletas fez a diferença. A fechar a primeira metade, Trindade jogou a bola com a mão na grande área e Faneca não desperdiçou esta grande penalidade.
Esperava-se uma segunda parte ao nível da primeira, mas, talvez pela facilidade com que chegaram ao 3-0, os figueirenses regressaram tranquilos das cabinas e tiraram o pé do acelerador, fazendo um segundo tempo em “ritmo de cruzeiro”. Contudo, apesar de não pressionarem tanto o adversário, nunca perderam o controlo da partida e até poderiam ter aumentado a vantagem. Mas também o Gouveia poderia ter marcado o tento de honra, numa jogada em que dois homens isolados não souberam aproveitar o brinde. Num jogo onde imperou a disciplina, o trio de arbitragem teve uma actuação bastante positiva, tanto no aspecto táctico como disciplinar.
Fernando Araújo/Rádio Elmo