O Ginásio Figueirense não poderia ter feito melhor na sua estreia na IIIª Divisão Nacional, ao vencer no mítico Estádio do Fontelo, que tantos jogos recebeu da Iº Divisão, por duas bolas a uma. Um triunfo consumado na segunda metade, depois dos pupilos de Manuel Barbosa terem ido para o intervalo a perder.
Esta foi uma partida que se iniciou debaixo de muita chuva e trovoada e, talvez por isso, o futebol praticado nesse período tenha sido algo incaracterístico, mas mesmo assim as duas equipas deixavam antever que se iria assistir a um jogo interessante. Apesar de jogar fora de portas, foi o Ginásio Figueirense que tomou conta da partida, enquanto o Académico de Viseu fazia do contra-ataque a sua arma de arremesso. E foi dum desses lances que os locais chegaram ao primeiro golo da partida aos 17 minutos, através de Eduardo, numa jogada que deixa algumas dúvidas por dar a sensação que o jogador do Académico estaria ligeiramente adiantado. Contudo, por estarmos longe da jogada, damos o beneficio da dúvida ao auxiliar. A perder, o Ginásio foi à procura do prejuízo, mas nem sempre com a sorte do seu lado, quando, por exemplo, Oliveira fez a bola “beijar” o travessão da baliza de Manuel Fernandes. Com o intervalo a aproximar-se, o Académico de Viseu ia segurando a preciosa vantagem como podia, utilizando por vezes algum anti-jogo. A etapa complementar iniciou-se com o Ginásio a todo o gás e o golo do empate não demorou muito a chegar. Estavam decorridos 16 minutos desta segunda parte, quando Paulo Jacinto foi rasteirado no vértice da área com o árbitro a não ter dúvidas em assinalar a grande penalidade. Chamado a converter, Oliveira não perdoou e fez o golo do empate. Com este golo, os homens da casa parece que acordaram para o jogo, mas sem nunca contrariar a bem escalonada equipa do Figueirense que viria a marcar o segundo golo à passagem da meia-hora da segunda parte. Foi Camilo que gelou o mítico Estádio do Fontelo.
Ainda com muito tempo para se jogar, poderia pensar-se que os pupilos de Manuel Barbosa passariam por algum sufoco, mas não foi isso que se passou, pois a maturidade e o colectivo do Ginásio foi chegando para as encomendas. De resto, o Figueirense ainda marcou o terceiro golo, mas o lance foi anulado por pretenso fora-de-jogo. Mais um erro de palmatória do auxiliar de Ianeu Vasilica, isto porque a bola foi introduzida na baliza do Académico por um dos seus atletas e, deste modo, a falta não existe.
Rui Geraldes/Rádio Elmo
