O Ginásio Figueirense averbou no domingo, em Tondela, a sua segunda derrota consecutiva no Nacional da IIIª Divisão e caiu para uma incómoda 11ª posição. Preocupante é também o facto da equipa de Manuel Barbosa ter ficado novamente em “jejum”. De resto, já não marca um golo desde a jornada inaugural, quando foi ganhar a Viseu.
À quinta jornada, o Figueirense, desfalcado de alguns titulares habituais – por lesão e castigo –, não conseguiu pontuar na difícil deslocação a Tondela, que apresentou um novo treinador. Na primeira parte, o Ginásio foi uma equipa pouco esclarecida e só conseguiu criar algum perigo junto da baliza adversária na sequência de lances de bola parada em três cantos consecutivos. Os visitantes pouco ou nada fizeram para atemorizar o último reduto dos donos da casa e os lances de ataque perderam-se quase sempre nos pés dos defensores locais. Por sua vez, o Tondela criou perigo junto da área de Nuno Morais, valendo mesmo em muitas situações o bom momento de forma do guardião figueirense. Mas, como diz o ditado “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, os anfitriões conseguiram mesmo furar as redes de Nuno Morais aos 39’. Na sequência de um canto na direita, a bola correu toda a área dos visitantes, aparecendo o defesa Mauro no lado contrário para, sem marcação, apontar o único golo da partida.
Apesar de ter jogado mal, o Ginásio tem razões de queixa da arbitragem na primeira parte, já que, logo aos 2’, Titá – que foi substituído aos 18 – lesionou-se após entrada violenta de Botas, que merecia, em nosso entender, o cartão vermelho directo em vez do amarelo exibido pelo árbitro. Como lhe competia, na segunda metade o Figueirense entrou mais determinado e teve até oportunidade de igualar a partida. Manuel Barbosa mexeu no xadrez e a equipa conseguiu empurrar o Tondela para terrenos mais recuados, mas a sorte não quis nada com os visitantes. Pior, a equipa ficou reduzida a 10 elementos por expulsão de Valter aos 85’ por acumulação de amarelos, numa falta que, a existir, seria contra os locais. Mesmo assim, e apesar da formação da casa ter podido aumentar a vantagem, foi o Figueirense que teve a oportunidade de empatar por intermédio de David, que, na cara do guarda-redes, rematou para as mãos de Mikael. O trio de arbitragem não esteve bem. Notou-se alguma dualidade de critérios, sempre em benefício dos locais, e terá ficado uma grande penalidade por marcar uma mão na bola de um defesa do Tondela.
Fernando Araújo/ Rádio Elmo