Com três jornadas disputadas, o Ginásio Figueirense continua sem perder na sua estreia na IIIª Divisão Nacional. No último domingo, numa deslocação difícil até Vale de Cambra, a equipa de Figueira de Castelo Rodrigo não deixou os seus créditos por mãos alheias e conseguiu trazer um ponto do reduto do Valecambrense.
Bastante agressivos, os locais queriam a todo o custo os três pontos naquele que foi o primeiro jogo da equipa perante o seu público. Contudo, com uma defesa muito bem organizada, o Ginásio não permitiu ameaças à baliza de Nuno Morais, que, mais uma vez, denotou muita segurança entre os postes e nas bolas bombeadas para a área. Durante a primeira parte foi a equipa anfitriã que dispôs de mais oportunidades para facturar. No entanto, os visitantes também beneficiaram de algumas ocasiões, sendo a perdida de Paulo Jacinto a mais flagrante ao não conseguir concretizar isolado perante Carlos Filipe. O intervalo chegou com o nulo no marcador, um resultado que espelhava o que se tinha passado dentro das quatro linhas. Na segunda parte, as duas formações entraram determinadas a dar a volta ao encontro. Mas se os locais queriam alcançar a vantagem a todo o custo, o quarteto defensivo do Figueirense portou-se à altura e não deu espaço aos avançados do Valecambrense.
De resto, atrevemo-nos mesmo a dizer que o resultado teria sido outro se os avançados visitantes tivessem estado ao nível dos defesas. Não fossem as perdidas clamorosas de Titá ou de Paulo Jacinto – mais uma vez – e o Ginásio teria regressado a casa com os três pontos na bagagem, o que seria o resultado mais justo. O árbitro, que viajou do Porto, esteve em bom plano no aspecto técnico, mas o número de cartões amarelos mostrados (11) é enganador, pois o jogo pautou-se sempre pela correcção. No final, Manuel Barbosa, apesar de contente com a equipa, estava desolado com o resultado, por considerar que, «a haver um vencedor, seria, sem dúvida, o Ginásio Figueirense».
Fernando Araújo/ Rádio Elmo