O ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, esteve ontem na Covilhã para anunciar o concurso público para a nova esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Covilhã, apresentar o projecto do quartel da GNR das Penhas da Saúde e patrocinar a nova concordância da divisão de áreas territoriais da PSP e da GNR na zona urbana, segundo disse a “O Interior” Carlos Pinto.
A construção das novas instalações da PSP, que se situarão no eixo TCT em frente à Central de Camionagem, é uma ambição antiga e remonta ao tempo da governação socialista. O projecto, apresentado ontem, perspectiva um edifício com dois pisos e deverá já deverá contemplar um gabinete de apoio à vítima, salas de estar, quartos, entre outras valências, permitindo assim eliminar as lacunas das actuais instalações. A falta de material informático, o armamento obsoleto distribuído ao pessoal patrulheiro da esquadra, datado de 1949, a falta de condições de segurança, a falta de fardamento e sua ineficácia para as condições climatéricas da região foram os problemas apontados pelo Sindicato Profissional da Policia (SPP) numa carta aberta enviada a Figueiredo Lopes e que o ministro deverá ter constatado “in loco” durante a visita às actuais instalações da PSP covilhanense, tal como constava do programa da visita. A falta de efectivos – a esquadra dispõe actualmente de um corpo de 83 elementos, em contraste com os 98 de 2000 – e a pouca preparação dos agentes foram outras das reivindicações constantes nessa mesma carta, carências que «persistem» numa altura em que vai ser aumentada a área de intervenção da PSP, refere aquele sindicato.
Também o ministro das Obras Públicas, Carmona Rodrigues, deverá visitar a Covilhã em Maio ou em princípios de Junho. Altura em que anunciará a «solução» a adoptar para o IC6, estrada que liga a Covilhã a Coimbra. A revelação foi feita por Carlos Pinto depois de uma reunião com o primeiro-ministro na última sexta-feira em Castelo Branco e na qual esteve presente Carmona Rodrigues. O governante deverá então revelar o perfil escolhido para a via: tipo auto-estrada, com duas faixas de rodagem em cada sentido para permitir velocidades superiores a 80 quilómetros por hora, defendido por Carlos Pinto e os autarcas da corda da Serra, ou, por outro lado, se continuará a manter a perspectiva de itinerário complementar. A convicção do autarca da Covilhã é que o futuro IC6 deverá adoptar o perfil de auto-estrada, pois «actualmente, não podemos estar a fazer estradas para circular a 80 quilómetros por hora», sustentou o edil. Ainda na reunião de Castelo Branco, Carlos Pinto obteve a garantia de Durão Barroso de que estava «para breve» o parecer do saneamento em alta e a análise no Instituto Nacional da Água das barragens. «Notícias relativamente boas para o concelho», frisou, à margem da visita da Durão Barroso à nova residência da UBI. Quanto ao sanatório, o autarca apenas adiantou que «se está a estudar uma solução diferente da inicialmente prevista, isto é, a adjudicação pura e simples do financiamento da Enatur. Estamos a estudar outra solução que poderá estar ligada a um outro pedido que a Câmara fez ao Governo», disse Carlos Pinto, sem querer adiantar mais nada sobre o assunto.
Liliana Correia