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Festa do caloiro regada com muita cerveja e música portuguesa

As festividades terminam sábado, com o mais recente trabalho da Copituna D’Oppidana, que levará a palco muitas surpresas

Desde ontem que os “sapos”, nome dado aos caloiros que este ano entraram no Instituto Politécnico da Guarda, andam pelas ruas da Guarda. As novidades desta Recepção ao Caloiro é o Arraial da Cerveja e a aposta em bandas de música portuguesas. A festa dos estudantes prolonga-se até sábado e termina com chave de ouro: a estreia do mais recente trabalho da Copituna D’Oppidana, que terá muitas surpresas em palco.

O cartaz das festividades deste ano «sofreu algumas alterações para melhorar o evento» e prometem diversas surpresas, refere Sérgio Pinto, presidente da Associação Académica da Guarda. Uma das mais importantes passa pela aposta, em exclusivo, em bandas portuguesas que vão animar o palco do pavilhão do Estádio Municipal, até sábado. Para este ano, à semelhança do ano passado, a festa dos estudantes envolve custos orçamentados em 50 mil euros. O programa da recepção ao caloiro começou ontem, com a primeira edição do Arraial da Cerveja, uma das principais novidades do cartaz. Trata-se de uma iniciativa diferente que «já é realizada em várias academias e costuma ser o dia mais concorrido», atira Sérgio Pinto. Já há algum tempo que o Arraial da Cerveja vinha sendo pedido pelos estudantes, «por ser um evento com o verdadeiro e genuíno espírito académico», justifica. Os caloiros deste ano foram baptizados por sapos, pois «todos os anos lhes é dado um nome de um animal ou bicho», explica o porta-voz dos estudantes.

Hoje, os estudantes vão fazer o “rally das Tascas”, «onde farão uma espécie de caça ao tesouro por cerca de dez estabelecimentos», explica o presidente. «Esta é uma forma lúdica dos caloiros conhecerem a cidade e a instituição», esclarece. À noite sobe ao palco, “Just”, “Skpho” (a banda de garagem vencedora) e os “Porquinhos da Ilda”. Amanhã, será a vez dos “Wipeout”, seguido dos “Tara Perdida” e por último, “Squeeze Theeze Please”, a banda famosa pelo programa televisivo Morangos com Açúcar. O último dia será marcado pelo já tradicional desfile do Caloiro pelas ruas da cidade, a partir das 15 horas. “Homem Mau”, “Ferro e Fogo” e “Expensive Soul” dão música à última noite de concertos no pavilhão do estádio municipal. E ainda, a “Copituna d’Opidana” que vai estrear o seu mais recente trabalho discográfico, intitulado Cábulas de Amor. Para além de fazerem «a mais longa actuação de sempre», sublinha Sérgio Pinto, «haverão outras surpresas». De resto, o preço dos bilhetes é de 25 euros para o geral e o diário será estipulado no próprio dia. Depois destas festividades, a Associação tem já prevista uma Semana Cultural, de 15 a 17 de Novembro, que será apresentada nos próximos dias.

Quem perde com toda a polémica é o IPG

Em relação à polémica instalada no Instituto Politécnico da Guarda por causa do anulamento das eleições para a presidência, Sérgio Pinto lamenta que os estudantes «andem sempre neste impasse, de um lado para o outro». Provavelmente, «agora irão recorrer outra vez da decisão e a situação continua na mesma», antevê o estudante. Por isso, o presidente da Associação Académica de Estudantes da Guarda defende que fosse realizada «uma sessão pública aos estudantes a explicar todo o processo». Quem fica a perder «é a instituição, que perde credibilidade», constata Sérgio Pinto.

Quanto à fraca adesão dos alunos ao IPG «vem tudo de uma raíz: a instituição está mal!», considera o presidente da AAG. De certa forma, «o cancro tem sido a ESTG», atira Sérgio Pinto. Como tal, «é preciso que as entidades competentes, directores, presidente e Associação Académica se sentem a ouvir os alunos», sugere. No entanto, o IPG conseguiu subir ligeiramente, mas «alguma coisa está mal», alerta o porta-voz dos estudantes. Por isso, a Associação já enviou dois documentos às entidades competentes no sentido «de saber o que é que se passou e qual será a hipótese de se apostar numa terceira fase, que poderia ser vantajosa».

Patrícia Correia

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