O Sporting da Covilhã conseguiu mais um importante triunfo na Liga de Honra, frente ao Marco, em jogo disputado no passado domingo, num complexo desportivo cheio de público. Com esta vitória, os serranos isolaram-se no segundo posto da tabela e estão apenas a um ponto do primeiro lugar, ocupado pelo Beira-Mar.
Os “leões da serra” mostram jogo a jogo que não são uma surpresa, mas sim uma certeza neste campeonato, e até parece que estão talhados para voos mais altos. Contra o Marco, o Covilhã voltou a sofrer muito para conquistar a vitória, mas a ponta final do encontro voltou a ser decisiva. A partida começou com os locais a pressionarem o adversário. Aos 4 , Cunha teve um potente remate de fora da área, levando a bola a sair por cima. Parecia que os covilhanenses iam pegar nas rédeas do jogo e dominar o adversário, mas nada disso aconteceu. O Marco, com um meio-campo muito forte e a pressionar fortemente, não deixou o Covilhã fazer o seu jogo, tendo pertencido aos visitantes os lances mais perigosos, apesar de não existirem verdadeiras situações de golo. Apenas aos 24’ do primeiro tempo houve um lance de golo claro, quando Milton, descaído para o lado esquerdo, rematou para grande defesa de Beto. O Marco respondeu já no final da primeira parte, com um cruzamento perfeito para a cabeça de Gonzalo, mas este, de baliza aberta, atirou ao lado.
O jogo melhorou no segundo tempo, já que o Covilhã conseguiu soltar-se da teia montada pelo treinador marcoense. Piguita esteve muito perto de abrir o activo logo no início, mas a bola bateu num defesa e acertou no travessão. Apesar do domínio, faltavam mais situações de golo para os locais. João Salcedas decidiu então arriscar e, em poucos minutos, fez entrar Luizinho e Paulo Campos, duas substituições que se revelaram decisivas na vitória. O Covilhã acentuou o seu domínio, mas o Marco não estava adormecido e em dois contra-ataques esteve muito perto de marcar, valendo a qualidade de Serrão que, por duas vezes, segurou o nulo com defesas espectaculares. Mas o golo da vitória chegou a poucos minutos dos 90, na melhor jogada da partida. Cunha arrancou no seu meio-campo, lançou Paulo Campos na direita, que, num cruzamento de régua e esquadro, colocou a bola na cabeça de Luizinho para o avançado concretizar. Estava feito o resultado final, apesar do Marco ter tentado, através de duas alterações e do tradicional “chuveirinho”, chegar ao empate. Boa arbitragem de João Ferreira.
No final, João Salcedas referiu que tinha «estudado muito» a equipa adversária e que a estratégia «resultou em pleno» para o Covilhã. Já Moura da Costa afirmou que o resultado «foi injusto», já que o Marco foi a «única equipa que procurou a vitória».
Francisco Carvalho