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Feira do Fumeiro com 20 mil visitantes no primeiro fim-de-semana

Presidente da AENEBEIRA convicto que a crise económica vai passar ao lado do certame

A sexta edição da Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato da Beira, em Trancoso, recebeu no primeiro fim-de-semana cerca de 20 mil visitantes, com o domingo a assumir-se como o dia de maior afluência. Os números, revelados pela AENEBEIRA – Associação Empresarial do Nordeste da Beira, apontam para «um evento de enorme sucesso», antevê o seu presidente.

Para António Oliveira, a afluência registada nos primeiros três dias do certame – cujo objectivo é promover os produtos regionais e tradicionais da região – «abre expectativas muito boas» para o próximo fim-de-semana. A organização espera assim chegar às previstas 40 mil visitas e dobrar o número registado na última edição. A crise económica que se sente no país deverá passar ao lado da Feira do Fumeiro, de acordo com António Oliveira, que nota que, além da «grande afluência de visitantes», esta sexta edição não conseguiu albergar todos os que procuraram a AENEBEIRA para expor e comercializar os seus produtos. «Houve uma procura que ultrapassou as nossas expectativas e tivemos mesmo de deixar de fora algumas dezenas de expositores porque não era possível acolher mais», afirmou na abertura da feira, na passada sexta-feira. O certame conta com 92 expositores distribuídos por 104 stands, com produtos como enchidos, queijo, mel, vinhos, azeite, doçaria e algum artesanato.

«É natural que, numa situação de crise, este tipo de actividades de micro-empresas, artesanais tenha necessidade de reforçar a divulgação», declarou António Oliveira, para depois realçar que, no que toca aos fumados e enchidos, o concelho de Trancoso é responsável pela produção de 1.200 toneladas por ano, representando 60 por cento da produção da Beira Interior Norte. Já o presidente do município, Júlio Sarmento, que também esteve na abertura do evento, considerou que é «importante desenvolver as pequenas e médias empresas, principalmente as micro-empresas, mesmo em tempos de crise». Na sua opinião, a realização do evento significa que a autarquia e a AENEBEIRA «continuam atentas à realidade sócio-económica do concelho, das suas potencialidades e capacidades». Isto porque é necessário ajudar a superar as dificuldades que se sentem no meio, entre as quais a idade avançada do pequeno agricultor, a não renovação ao nível da tecnologia e a «penalização dos regulamentos comunitários».

Esta feira, a par da de S. Bartolomeu, em Agosto, integram, de resto, o plano de estratégico de desenvolvimento que o município traçou e que, segundo Júlio Sarmento, farão com que daqui a 20 anos «Trancoso tenha condições para se afirmar no contexto do Norte do distrito como pólo dinâmico do ponto de vista urbano, do turismo, comércio e serviços».

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