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Fecho de postos ainda por decidir

88º aniversário da GNR da região Centro comemorado na Guarda, um distrito onde podem encerrar sete postos

A Brigada Territorial Nº 5 da GNR escolheu a Guarda para as comemorações do seu 88º aniversário, uma efeméride assinalada na última terça-feira com uma parada das forças e meios disponíveis na região Centro. Centenas de guardenses deslocaram-se ao Largo Francisco Salgado Zenha, junto ao antigo quartel, para ver o desfile dos vários elementos, bem com um cortejo histórico alusivo à GNR e seus antecessores, com exibição dos meios, equipamentos e uniformes da época.

Durante a manhã houve ainda demonstrações das equipas de montanha, cinotécnica (cães), SEPNA (ambiente) e Escola Segura, acções que entusiasmaram as dezenas de crianças presentes. Festa à parte, o comandante geral da GNR, o tenente general Mourato Nunes, reiterou que a cidade vai ter novidades em termos de instalações, mas que esse assunto é da responsabilidade do Governo. «Há uma lei de programação de infraestruturas das forças de segurança e nesta reorganização do dispositivo territorial haverá alterações nalguns quartéis e aquartelamentos, inclusive na Guarda», afirmou aos jornalistas. De resto, acrescentou que ainda não foram tomadas decisões sobre o anunciado encerramento de postos territoriais com menos de 12 efectivos, no âmbito do plano de reestruturação das forças de segurança apresentado recentemente pelo Ministério da Administração Interna. De acordo com o estudo realizado pela consultora Accenture, no distrito da Guarda estarão em risco sete dos 25 postos da GNR, ou seja, Pínzio e Freixedas (ambos no concelho de Pinhel), Miuzela (Almeida), Freixo Numão (Vila Nova de Foz Côa), Vila Franca das Naves (Trancoso), Loriga (Seia) e Vila Nova de Tazem (Gouveia).

Para Mourato Nunes, «naturalmente que a Guarda Nacional Republicana também tem de se ajustar às decisões políticas nesta matéria. Mas para a instituição, a preocupação e as análises que fazemos são sempre em termos de garantir às pessoas mais e melhor segurança». O comandante geral assegurou ainda que o Comando «tudo fará para minimizar os efeitos pessoais que esta mudança terá e potenciar os efeitos profissionais, no sentido de lhes facilitar mais o desempenho da sua missão». Em termos da actividade operacional, o major general João Apolónia, actual comandante da Brigada Territorial Nº5, destacou as nove mil detenções efectuadas em 2006, das quais sete mil resultaram de iniciativas directas da GNR. No combate à criminalidade violenta foram apreendidas mais 400 armas, tendo sido indiciadas 163 pessoas pelo crime de tráfico de droga, entretanto detidas. Já os efectivos do programa Escola Segura realizaram 2.500 acções junto de cerca de 190 mil alunos e professores.

O responsável considerou ainda que a criminalidade actual é «cada vez mais imprevisível e sofisticada» e não esqueceu a reforma que se avizinha: «Medidas difíceis têm que ser tomadas, mas conto com o vosso renovado esforço, generosa disponibilidade e grande profissionalismo para a constituição de forças mais modernas e eficazes». E prometeu «o total empenho» do Comando, que, «enquanto for possível, pugnará pela defesa dos vossos direitos e interesses e pela busca das melhores soluções que anulem ou minimizem as implicações mais penalizadoras das vossas legítimas aspirações quer no âmbito profissional, quer no familiar». A Brigada Territorial nº 5, com Comando sedeado em Coimbra, inclui as unidades territoriais da Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Aveiro e S. João da Madeira. As comemorações terminam esta noite com um concerto da Banda Sinfónica da GNR, no Teatro Municipal da Guarda.

Luis Martins

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