Cinco escolas do 1º ciclo do ensino básico já não vão abrir, este ano lectivo, no concelho da Guarda. O número foi divulgado na última reunião de Câmara, na passada quarta-feira, e está longe das 22 primárias inicialmente propostas pelo Gabinete de Informação e Avaliação do Sistema Educativo, do Ministério da Educação.
A diferença reside no facto do GIASE ter sinalizado todas as escolas com menos de 20 alunos existentes no município, um critério com que a Câmara tem discordado, aceitando apenas o encerramento de escolas com menos de cinco alunos. «É o número mínimo aceitável para o seu funcionamento num concelho do interior e com baixo índice populacional», adiantou Virgílio Bento, vereador com o pelouro da Educação. Esta posição vingou novamente junto da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), pelo que a lista ficou reduzida aos estabelecimentos da Vela, onde estavam inscritos três alunos no último ano lectivo, Adão (também três), Alvendre (dois), Vila Garcia (quatro) e Benespera (dois). Esta última esteve para acabar em 2006, mas a tutela autorizou o seu funcionamento por mais um ano, dado acolher crianças com problemas de deficiência e necessidades de acompanhamento familiar.
Os 14 alunos serão agora transportados para escolas de acolhimento, em localidades vizinhas ou na cidade. De resto, o também vice-presidente da autarquia sublinhou que a edilidade «nunca poderia concordar com o fecho de 22 escolas», porque os estabelecimentos da cidade estão sobrelotados e não podem acolher mais alunos. «Na Guarda já não há capacidade para os receber», afirmou. Nesse sentido, está prevista a construção de cinco centros educativos nos próximos anos, quatro dos quais na zona rural. Em 2006, fecharam 16 escolas primárias no concelho da Guarda, todas com cinco ou menos alunos. Em 2005, encerraram cerca de 10, mais duas que em 2004. Em termos distritais, Seia perde oito escolas, enquanto em Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo, fecham duas e uma em Trancoso, Sabugal, Pinhel, Manteigas e Gouveia.
