Estamos no final do mês de dezembro, que é sem dúvida, para todos nós, um mês mágico. Mágico porque sendo o mês do Natal é o mês que nos aproxima, que nos faz pensar nos outros, o mês em que queremos presentear todas as pessoas, já que mais não seja com a nossa felicidade, a nossa alegria e a nossa solidariedade.
Além disso, dezembro é o mês em que fazemos o balanço do ano que passou, não só daquilo que fizemos, as atitudes que tomámos, as decisões que tivemos de enfrentar e, claro, pensar o futuro. O mesmo se passa com a política, é tempo para fazermos um balanço do que foi o ano político, não só em termos nacionais, como também em termos autárquicos.
A menos de um ano de eleições autárquicas, e sabendo-se já que Joaquim Valente não será candidato do PS, todos pensámos, não só ao longo deste ano, mas ao longo de todo o mandato, que a governação socialista liderada por este conseguisse fazer da cidade e do concelho a locomotiva de desenvolvimento de um distrito que todos sabemos estar moribundo. Enganámo-nos. São sete anos perdidos. Sete anos onde se não vislumbrou uma ideia que catapultasse o nosso concelho para o progresso que todos ambicionamos.
Este executivo autárquico nunca conseguiu perceber aquilo que a Guarda poderia dar ao país, a nossa localização estratégica, a nossa capacidade empreendedora, a nossa plataforma logística, nunca foram o mote para colocar a Guarda no “mapa” do desenvolvimento. Enganaram-nos mais uma vez. A Guarda não consegue perceber tamanha inoperância, tamanha insensibilidade e tamanha falta de respeito por todos aqueles que abraçaram este concelho como sendo o seu.
Os empreendimentos que este executivo apresentou como sendo estratégicos para a Guarda não passaram de meros exercícios de retórica política, senão vejamos: o “call center” da Addeco, projeto apresentado pelo próprio Joaquim Valente, onde o município investiu em instalações cerca de meio milhão de euros, com a promessa da criação de mais de 250 postos de trabalhos mas que não passou dos 25 e que neste momento já fazem parte do número enorme de desempregados inscritos no nosso centro de emprego; O centro comercial Guarda Mall, mais um projeto pelo qual o próprio presidente deu a cara e que nunca foi mais do que um mero concurso de ideias; A venda do Hotel Turismo, com as expectativas que criou não passou de um conjunto de boas intenções e cuja desculpa para o seu insucesso é “agora” o atual governo; A alteração do PDM continua adiada, agora com uma nova desculpa para o seu atraso: “saiu uma nova legislação pelo que vamos ter que proceder a novas adaptações”; é incompreensível.
Mais uma vez, e o próximo ano é mais um, vem este executivo prometer o fecho da VICEG, quem é que ainda acredita que tal obra se conclua?. As atuais obras em execução na cidade a que o executivo chama de regeneração urbana e requalificação de bairros ou não passam de pequenas alterações de estética urbana, com o fecho de buracos nas estradas que teimam em ficar abertos – Ah! É verdade são as intempéries que provocam tal situação” nas palavras do sr. presidente, ou então temos as máquinas e as respetivas obras paradas, talvez à espera de melhor altura para serem inauguradas.
Isto são as luzinhas de Natal que a Câmara colocou na nossa cidade, mas entende-se a razão “É a Crise” a fantasia de Natal.
Nesta quadra mágica desejo à Guarda e a todos um Feliz e Santo Natal e um Ano Novo cheio de esperança.
Por: Cláudia Teixeira
* Deputada do CDS-PP na Assembleia Municipal da Guarda