Arquivo

Fanfics – Um Outro Mundo

EXPERIÊNCIAS DE ESCRITA

É impossível ficar totalmente satisfeito com todos os livros que lemos ou com todos os filmes e séries a que assistimos. É perfeitamente normal sentir que a história não devia acabar assim: o protagonista não devia morrer, ou aquela personagem devia ter casado com outra.

Uma forma de o leitor/espectador mudar essa situação é reescrever o final. Foi assim que surgiu o conceito de fanfic (fan fiction), ou seja, ficção feita por fãs. Tal como o nome indica, os fãs usam as personagens, cenários ou acontecimentos de outrem para escrever o que bem entenderem. Podem, inclusivamente, publicar as suas fics em sites como o FF.net (www.fanfiction.net), sob um pseudónimo, e submeterem-se à apreciação de qualquer pessoa que leia, em qualquer parte do mundo. O registo no site é fácil e as ferramentas de publicação extremamente rápidas e acessíveis. Tudo o que o ficwriter (escritor) precisa de ter é imaginação.

As fics podem partir de livros, séries, filmes, jogos, animes/mangas, peças de teatro, musicais e até mesmo banda desenhada. Há, ainda, a possibilidade de misturar universos diferentes (crossovers) e, assim, juntar personagens tão diferentes como Bugs Bunny e House numa aventura na Terra Média.

Apesar de ser uma actividade amadora, sem quaisquer fins lucrativos, está sujeita a determinadas regras. Há uma grande variedade de géneros, como romance e drama, e classificações, desde K (livre) até M (maiores de 16). Existem, ainda, diversos formatos, como drabbles (cerca de 100 palavras), longfics (com vários capítulos) ou songfics (acompanhada da letra de uma música), entre outros.

Está profundamente enraizada a crença de que Harry Potter foi o responsável pela rápida proliferação deste novo género de escrita. E, de facto, é o domínio (fandom) mais popular – eu própria faço parte dele, em http://www.fanfiction.net/~irethhollow. Segue-se um exemplo de uma ficlet (fic curta, com mais de 100 palavras), classificada como drama/romance, K+ (ver ao lado).

Maria João Pinto (11.º C)

Sobre o autor

Leave a Reply