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Faleceu Raul Saraiva

Médico teve uma vida cívica empenhada e foi candidato à Câmara da Guarda no final da década de 80

Faleceu no passado sábado o médico Raul Gil Saraiva, personalidade incontornável da Guarda das últimas décadas, conhecido como o «pai dos pobres», por dar consultas gratuitamente aos mais carenciados.

O funeral realizou-se no domingo, na Igreja da Misericórdia da Guarda.

Raúl Saraiva nasceu em Frechão, concelho de Trancoso, a 12 de novembro de 1938, licenciando-se em Medicina, na especialidade de pneumologia, pela Universidade de Coimbra em 1964.Trabalhou no Hospital da Misericórdia, Sanatório Sousa Martins e mais tarde no Hospital Distrital da Guarda, onde ajudou a criar o serviço de Ortopedia. Coordenou ainda o serviço de hematologia, além de ter sido chefe de equipa do Serviço de Urgência. No Centro de Saúde da Guarda exerceu funções de médico de clínica geral, tendo sido nomeado substituto do delegado de Saúde para o concelho da Guarda e ainda substituto da Autoridade Sanitária do distrito.

Foi ainda médico no Dispensário Anti-Tuberculoso, onde desempenhou as funções de coordenador de tuberculose e de doenças respiratórias. Exerceu funções como perito médico-legal do Tribunal Judicial da Guarda e foi médico do trabalho no Instituto de Emprego e Formação Profissional, na GNR da Guarda, no Tribunal da Comarca da Guarda, onde exerceu funções de perito médico-legal, e médico da Direção-Geral dos Serviços Tutelares de Menores. Do ponto de vista filantrópico e de cidadania, destaca-se o seu envolvimento na Cruz Vermelha, na Desportiva da Guarda e nos Bombeiros Voluntários da Guarda, chegando também a ser candidato à presidência da Câmara pelo PSD. Foi ainda diretor clínico da firma SaniGuarda. Durante a sua vida, recebeu diversos prémios e louvores por serviços médicos prestados e pelo seu papel em projetos da sociedade civil.

Na passada segunda-feira, a Câmara da Guarda aprovou um voto de pesar pela morte de Raul Saraiva, «um cidadão exemplar, que prestou elevados serviços à cidade e aos guardenses», nas palavras de Virgílio Bento. O executivo decidiu ainda, por unanimidade, organizar uma sessão de homenagem em data a anunciar.

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