Qual é a ordem dos trabalhos a realizar?
Foi definido um faseamento para a obra. A 1ª fase está já em execução desde Agosto na área poente e durará até Abril. Para já estão a efectuar-se trabalhos de demolição e a ser retiradas algumas coberturas e placas de fibrocimento. Quanto ao futuro pavilhão polidesportivo, já se estão a fazer as escavações. Em simultâneo já estamos a construir edifício novo na zona junto ao Largo do Salão.
O ritmo está a ser o normal?
Sim, o planeamento dos trabalhos foi correcta e previamente definido e há reuniões semanais com as empresas que estão a executar a obra para verificar se há desvios ao planeado. De momento não se verificam atrasos significativos relativamente ao previsto. Tudo aponta também para que os prazos previamente definidos sejam cumpridos. Por vezes tem-se trabalhado até mais tarde ou ao fim de semana.
Esta obra oferece algumas dificuldades especiais?
A obra tem características especiais. A escola situa-se numa zona de grandes amplitudes térmicas e por isso estava dotada de equipamentos e combustível para aquecimento das salas. Já foi retirado o depósito de gás. Foram também removidas as placas de fibrocimento do telhado que havia por debaixo das telhas de cerâmica. Esta retirada do fibrocimento (material que contém amianto), teve que ter um processo de autorização pela Autoridade para as Condições de Trabalho para que essa retirada fosse feita com as devidas precauções e cumprindo a Legislação na sua integra. O Amianto é um produto cancerígeno. Tudo correu sem qualquer acidente, de acordo com o planeado e sem ter qualquer interferência com zonas da escola em funcionamento.
Alguns monoblocos metem água: isto vai melhorar?
Não é um assunto que diga directamente respeito à actividade de Coordenação de Segurança da Obra, no entanto a entidade que montou os monoblocos e responsável por eles, a Algeco, tem solucionado os problemas apresentados. E creio que tudo se encaminha para isso ficar resolvido o mais breve possível.
E o ruído de martelos pneumáticos?
A fase de maior ruído é normalmente a fase das demolições, que neste momento se encontram na sua recta final. Temos tentado deslocar estes trabalhos mais para o fim da tarde ou para a hora de almoço mas nem sempre isso é possível. Por outro lado, arrastar esses trabalhos para a noite seria incomodar, para além da escola (com aulas em período nocturno), também a vizinhança. As actividades de construção civil normalmente trazem constrangimentos e alterações ao quotidiano das pessoas, no entanto tentamos minimizar esses constrangimentos e apelamos sempre à compreensão dos “possíveis lesados” durante o decurso das actividades no estaleiro, facto que tem acontecido com naturalidade.
Não houve ocorrências de segurança até agora?
Não. Nas actividades dentro da obra, não toleramos situações de insegurança e estamos atentos a todas as práticas dos executantes. Para com o exterior, a separação entre a zona de obras e a escola através de vedações opacas está bem efectuada. Fizemos a delimitação do estaleiro e solicitámos à entidade executante que colocasse trabalhadores a controlar todos os acessos. Além do controlo de acessos, a função implica também o impedimento de entrada a estranhos à obra. Aproveito para agradecer à Direcção da escola a colaboração prestada na implementação do plano de emergência, na elaboração das plantas e na colocação da sinalética. Não temos até agora qualquer situação de intrusão na obra. Para a Parque Escolar, a segurança dos trabalhadores, alunos e professores é fundamental.
Rui Cardoso, Engenheiro
Coordenador de Segurança na obra de requalificação da ESAA