Num momento em que se constrói o futuro, o presidente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade da Beira Interior (UBI) não quis deixar de recordar o passado do único curso de Medicina do interior. Na sessão solene do 10º aniversário da FCS, Miguel Castelo Branco contou a história da instituição e sublinhou a sua «importância extrema para melhorar os cuidados de saúde na região».
Ao passar em revista a última década, o responsável destacou o papel da faculdade na Beira Interior, nomeadamente na atração e fixação de médicos, na atualização científica e no desenvolvimento da investigação. Constatou ainda que o modelo pedagógico centrado «na aprendizagem ativa do estudante» foi a escolha mais adequada e continua a fazer sentido. Do presente, Miguel Castelo Branco deixou a garantia que a FCS vai continuar a «manter a relação íntima com a sociedade», funcionando sobretudo em função das suas necessidades. Apostar na excelência da educação, na investigação e no controlo da qualidade são objetivos primordiais para os próximos anos. Neste caso, o médico anunciou que vão passar a utilizar os padrões de controlo de qualidade da World Federation for Medical Education.
Em linha com estes objetivos, a FCS celebrou dois novos protocolos: um para transferência de conhecimento entre a Universidade e uma empresa e outro com o H2otel, no âmbito da componente termal que ali se desenvolve. Por sua vez, o reitor da UBI, antigo presidente da Faculdade, também evidenciou o método de aprendizagem centrado no aluno, a investigação e aposta em nova tecnologia, o crescimento da própria universidade e o «salto qualitativo» nos cuidados de saúde. Quanto ao futuro, João Queiroz destacou o UBI Medical, projeto que contempla um espaço de investigação médica, prestação de cuidados de saúde e incubação de empresas. «Será uma infraestrutura em linha com o que de melhor se faz na Europa», prometeu.
Catarina Pinto