Tive acesso recentemente a uns dados estatísticos fornecidos pela DSEI-OCES sobre a evolução do desempenho do que ainda é a principal “indústria” da cidade, o Ensino Superior. O que consta, para além do que todos sabemos, é que o agudizar do “cavar” da sepultura coincide com o início da gestão do IPG pelo Presidente em exercício, o prof. Jorge Mendes. O senhor não desgruda. Como vem sido dito, de recurso em recurso vai-se mantendo no lugar e, como todos pensamos, vai cumprindo mandatos para os quais foi eleito com as regras que ele próprio ditou e que os tribunais têm confirmado serem ilegais. Nos referidos dados da DSEI-OCES é visível o momento da criação do Pólo de Seia e a transferência dos alunos e recursos para essa cidade, como é também visível, a nível geral, o substancial decréscimo da matéria-prima desta “indústria”, os estudantes.
Mas se foi ilegal a eleição de Jorge Mendes, e poderão ser nulas as decisões por este tomadas, são, no mínimo, imorais as que continua a tomar.
Pasme-se que eu também pasmei com coisas do género: «Determino que não poderão ser aceites quaisquer candidaturas a esta 2ª fase deste concurso», diz um recente despacho do Presidente do IPG, Jorge Mendes!
Acodem-nos os mais variados raciocínios. Um deles, e a mim também me ocorreu, foi de que ele não quer mais alunos no Ensino Superior na Guarda. Sim, porque ele quer e tem… Repare-se.
Castelo Branco: 7 novos cursos. Covilhã: 1.200 alunos em novos cursos. Na Guarda: zero cursos.
Porque será !?
Dá que pensar o que será da Guarda sem Ensino Superior. Sim, porque sem matéria-prima não há “indústria”, o que é o mesmo que dizer que sem alunos não há professores, escolas, construção civil, comércio e não há cidade.
Faço um apelo às pessoas e às instituições da Guarda. Não deixem que se acabe com o Ensino Superior na cidade. Não deixem que esses decisores criem mais pólos e cursos que não seja na cidade. Não deixem que pessoas ilegalmente eleitas possam determinar que não querem alunos na cidade.
Luís Soares, Guarda