Desde o Minho ao Algarve, não existe um habitante deste querido retângulo que esteja satisfeito ou feliz com a situação atual do país, à exceção dos ditos trafulhas.
Culpamos tudo e todos e a esta insatisfação deram o nome de crise.
Esquecemo-nos dos principais culpados, a maior parte deles vindos desde há dezenas de anos até hoje, que pelo seu “inocente” conhecimento deixaram o nosso país chegar a este ponto. Alguns, desse passado, ainda hoje têm a coragem de dar conselhos aos atuais políticos.
Isto quer dizer o seguinte: os nossos governantes máximos não souberam equipar o país e educar o povo para os momentos que estamos a viver. Podíamos ter dificuldades, sim, mas nunca tão sentidas na carne como agora. Bastava produzir bem, vender mais e poupar melhor. Mas não, os exemplos que nos deram foram ganhar algum e gastar mais, ou porque o vizinho tem um bom carro, ou porque a vizinha tem uns sapatos novos e os filhos só querem roupa de marca, há que consumir e gastar o que não se tem.
Em toda esta insatisfação, e para fazer maior confusão, na Assembleia da Republica continuamos a assistir ao gladiar de todos os galos a querer o poleiro. Os partidos da esquerda e os sindicatos são tudo boa gente, mas nada resolvem para atenuar estes problemas. Berram e fazem greves que nada resolvem. Deviam ir até uma unidade de produção à beira da falência, e ajudar na procura de capital e mercados para vender. Então sim, valia a pena ter sindicatos e partidos a defender no terreno os trabalhadores.
António do Nascimento