Há quatro anos consecutivos que as exportações de vinhos da Beira Interior estão a crescer. Depois de, em 2010, se ter registado um crescimento de quase 20 por cento, em 2011 o aumento foi de sete por cento relativamente ao ano transato, segundo a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), com sede na Guarda.
Rodolfo Queirós, responsável técnico da CVRBI, destaca que 58 por cento das exportações dos vinhos DOC (Denominação de Origem Controlada) Beira Interior e IG (Indicação Geográfica) Terras da Beira têm como destino mercados fora da União Europeia, com especial destaque para Angola, Brasil e China. Na Europa, os países onde as vendas são mais significativas são o Reino Unido, a Polónia e a França. Segundo a CVRBI, este aumento deve-se à aposta dos agentes económicos na internacionalização dos seus produtos. Esta tendência também se está a consolidar em Portugal, uma vez que, segundo dados revelados pela Comissão Vitivinícola, o aumento das vendas de vinhos DOC Beira Interior foi de 27,5 por cento relativamente a 2010.
Rodolfo Queirós explica este valor com «a perceção dos consumidores que vêm na Beira Interior uma região de excelência na produção de vinhos e com uma ótima relação qualidade/preço, a par do crescimento do número de produtores da região». A CVRBI revelou que a aposta para este ano continuará a passar pelo mercado nacional, de forma a dar mais visibilidade à região, e também pela consolidação da posição nos mercados terceiros com especial ênfase para Angola, Brasil, Estados Unidos, Canadá e China. Já no próximo mês, a CVRBI receberá duas comitivas de importadores/jornalistas dos Estados Unidos e Canadá que poderão representar oportunidades de negócio para os vitivinicultores da região. Este ano a instituição também prevê lançar uma rota para promover os vinhos produzidos e dinamizar a economia regional. A CVRBI abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Cova da Beira e Pinhel, onde existem 36 produtores, sendo cinco adegas e os restantes privados.
