Super-motivado com a goleada que impôs na semana passada ao Cebolense (10-0), o Oleiros obteve domingo uma boa vitória no reduto do Teixosense, que ainda só alcançou um triunfo no Distrital de Castelo Branco. Composta por muitos jovens, a turma do concelho da Covilhã sofreu dois golos que resultaram de outros tantos erros defensivos, aproveitados da melhor forma por uma equipa bastante experiente e com alguns bons valores a nível individual. O jogo começou bastante mexido nos primeiros minutos e a primeira oportunidade pertenceu aos homens da casa, mas Luís Pedro, em boa posição, cabeceou muito fraco. Na resposta, aos 3’, Bruno, isolado frente a Hugo Pereira, permitiu a defesa do guardião teixosense que, volvidos apenas dois minutos, voltou a negar o golo ao Oleiros sacudindo um cabeceamento de Mota. Mas o golo dos visitantes surgiu aos 11’, por intermédio de Kikas, na transformação irrepreensível de uma grande penalidade a punir um claro derrube de Silvestre a Tomás. Insatisfeito com o desenrolar dos acontecimentos, Caniço procedeu a duas alterações na sua equipa que entretanto começou a mandar na partida. A melhor oportunidade do Teixosense aconteceu aos 40’, num forte remate do recém-entrado Hélder Pinto que Manuel defendeu com dificuldade, mas Mota, ao que parece, conseguiu aliviar a tempo. Este lance motivou muitos protestos por parte dos atletas do Teixosense, que reclamaram por a bola ter entrado na totalidade. Fica o benefício da dúvida para a equipa de arbitragem. Aos 43’, Luís Pedro cabeceou muito por cima depois de se antecipar a um defensor do Oleiros.
No segundo tempo, o Teixosense continuou a dominar os acontecimentos, mas foi a equipa de José Ramalho que voltou a facturar quando estavam decorridos 62’. Vitinho aproveitou da melhor forma uma desatenção de Márcio, que quis segurar a bola em “zona proibida”, e depois “estoirou” sem hipóteses para Hugo Pereira. A partir daqui, o Teixosense avançou no terreno para tentar reduzir a desvantagem e concedeu muitos espaços aos homens de Oleiros, que, a actuar em contra-ataque, desperdiçaram várias oportunidades para ampliar o marcador. A mais flagrante coube a Tomás aos 64’. Já os comandados de Caniço apenas voltaram a incomodar Manuel por uma vez, aos 76’, quando Hélder Pinto, de livre directo, atirou ao poste direito. O trio de arbitragem, chefiado por Rui Dias, realizou um trabalho aceitável. No final da partida, Caniço era um homem triste com mais uma derrota do Teixosense: «Andamos à procura de uma vitória que nos foge há muito tempo e neste jogo tudo fizemos para inverter esta situação. O lugar na tabela não traduz o real valor desta equipa, porque temos muita juventude e saíram muitas pedras fundamentais», disse. Do outro lado, José Ramalho ficou satisfeito com uma «boa vitória» num campo difícil. «Tivemos oportunidades para marcar mais golos e a minha equipa está de parabéns porque fizemos um bom jogo, tanto em termos defensivos, como ofensivos», considerou.
Ricardo Cordeiro