Pensando mecanismos de segurança para idosos em unidades de assistência a pessoas abandonadas ou em cuidados continuados, recordei as hard tags (etiquetas rígidas) que servem de segurança à venda de roupa. No fundo, uma discreta pulseira electrónica que já colocamos em arguidos de risco. O que isto traria em segurança para a fiscalização de pessoas internadas em hospitais e como controle biométrico discreto, que não acarretaria colocar o dedo para verificar horários.
Hard tags em recém-nascidos seria uma enorme protecção para os roubos de crianças em maternidades, mas também estaríamos no domínio do controle de pessoas, da vigilância do nosso dia-a-dia. Estas preocupações com a segurança numa sociedade em expansão demográfica e sem fronteiras acarretam também questões de tolerância dos limites à liberdade ou de tolerância a esta. Uma sociedade de máxima tolerância acarreta espaços de utilização extrema para quem os deseje, e tolera comportamentos em redomas de utilização, em tendas circenses de diferença. No fundo, diria que as pessoas devem escolher entre maternidades de máxima segurança, onde têm vídeos e sistemas de controlo, e outras onde nada disto existe.
Por: Diogo Cabrita
