A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) realizou um estudo sobre as árvores da Guarda relativo à sua condição fitossanitária e de segurança. O estudo, da responsabilidade do Professor Luís Miguel Martins, do Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista, compreendeu as principais ruas da cidade, tendo sido efetuados diagnósticos a 507 árvores. Nas avaliações foram consideradas os fatores dendrológicos, dendrométricos, ambientais, abióticos, bióticos, fitossanitários e relativos à segurança, de cuja análise resultou a devida fundamentação técnica das intervenções. As ações propostas incluíram 14 abates e na sua maioria, podas diferenciadas em 242 árvores. De acordo com o responsável pelo estudo, as intervenções foram realizadas em fevereiro e março de 2015, por equipas especializadas de arboricultores, as quais tiveram o devido acompanhamento técnico. As podas contribuíram para melhorar o valor estético e a condição fitossanitária e de segurança das árvores.
Na Avenida Cidade de Salamanca – Guarda – foram avaliadas 94 árvores e recomendado o abate de um Cipreste-do-Bussaco (Cupressus lusitanica), devido a uma cavidade na zona do colo que colocava em risco a sua segurança. Foram ainda observadas 12 tílias em condição débil devido à rolagem a que foram sujeitas em 2014, apresentando perda de resistência e início de podridões no lenho, devido precisamente aquelas intervenções.
De acordo, com Helder Sousa, Professor na UTAD que colaborou no trabalho, a avaliação realizada nas restantes árvores daquela Avenida, sobretudo resinosas, indicou que a sua condição global é boa, “não tendo sido detetados problemas estruturais em árvores ou ramos que pudessem por em causa pessoas ou bens”.
“Os 57 cedros da Avenida são das árvores mais antigas e mais altas da Guarda e não vemos razões objetivas, técnicas ou científicas que fundamentem os abates que são agora propostos pela CM Guarda”, acrescenta Luís Martins.
*) ABATE realizado em 2015.