A Associação de Estudantes (AE) da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, na Guarda, protagonizou na passada quarta-feira um protesto fugaz contra o encerramento das instalações da AE. Logo pela manhã, os estudantes fecharam os portões a cadeado, mas os funcionários do liceu conseguiram desmobilizar rapidamente os jovens garantindo o normal funcionamento do estabelecimento de ensino durante o resto do dia.
Os dirigentes estudantis e o presidente do Conselho Executivo mantêm desde Abril um braço-de-ferro após o fecho sin die da associação. António Soares considera que os alunos «desrespeitaram as regras» em vigor na escola e exige que reponham «a legalidade». «Enquanto isso não acontecer, as portas da AE vão continuar fechadas», garante, dizendo ter manifestado a sua disponibilidade para «conversar» com os alunos em três ofícios. Num desses documentos recebidos na AE, a que “O Interior” teve acesso, os estudantes são acusados de «desrespeitar o horário de abertura, de atitudes de arrogância, má educação e do não cumprimento de regras básicas». Para Igor Espírito Santo, dirigente da AE, que diz desconhecer os factos concretos, tudo terá acontecido a 11 de Abril: «O presidente do Conselho Executivo entrou por ali adentro e rasgou toda a informação que estava na vitrine», conta, adiantando que a sede está fechada desde então. «Só estamos dispostos a conversar depois de aberta a associação. É que estamos a cumprir a pena por um crime que não cometemos», defende-se, admitindo que o protesto de quarta-feira foi uma forma de «pressionar» o presidente do Conselho Executivo a reabrir as instalações.