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Estreia “abençoada” de António Fonseca

Novo treinador da União Desportiva de Seia venceu em Vila Cortês do Mondego e aumentou vantagem para 12 pontos sobre o Aguiar da Beira

António Fonseca teve uma estreia “abençoada” no comando técnico da União Desportiva de Seia ao obter um triunfo muito suado na deslocação a Vila Cortês do Mondego. Para além de ter aumentado para 12 pontos a vantagem sobre o segundo classificado do Distrital, que é agora o Aguiar da Beira, o novo treinador viu a sua equipa chegar ao golo da vitória a um minuto dos 90’, quando a formação da casa estava com mais um homem em campo.

Privado de Cardoso, o seu melhor marcador que foi expulso no último jogo, e num campo de reduzidas dimensões, o líder do campeonato sentiu bastantes dificuldades para explanar o seu futebol habitual. Assim, a primeira meia-hora de jogo foi equilibrada, com a primeira ocasião de golo a acontecer aos 33’. Alex surgiu muito rápido na direita a cruzar para a área onde Branquinho, em excelente posição e sem qualquer marcação, cabeceou fraco e à figura de Tó Jorge. Na resposta, através de um rápido contra-ataque pela direita, Tó Mané cruzou para a área, mas Xano, em boa posição, falhou o remate. Na segunda metade, a partida continuou equilibrada e até foi a equipa da casa que criou a primeira ocasião, por intermédio de Nelson. Depois de “sentar” Mário, o trinco do Vila Cortês rematou para defesa incompleta de Miranda, valendo o corte em cima da linha de golo de um defesa senense. Volvidos dois minutos, foi a vez de Tó Mané fazer um cruzamento/remate na direita com a bola a passar muito perto da linha sem que ninguém lhe tocasse.

Até que aos 64’ o Seia inaugurou o marcador. Na sequência de um canto na direita, apontado por Almeida, Mauro surgiu sem qualquer marcação a cabecear forte e colocado para o fundo das redes. Apesar de muito festejada, a vantagem dos visitantes só durou um minuto. Num lançamento lateral, o “gigante” Xano, de costas para a baliza, desviou a bola de cabeça e levou o esférico a embater na parte interior do poste direito antes de entrar na baliza. Os locais ficaram empolgados com o empate e, aos 77’, estiveram muito perto do 2-1, mas Miranda fez uma grande defesa a um cabeceamento de Victor Hugo. Aos 83’, o Seia ficou reduzido a 10 unidades por expulsão de Mauro, por acumulação de amarelos, uma decisão que nos pareceu demasiado rigorosa. Contudo, mesmo em inferioridade numérica, os visitantes marcaram o golo da vitória aos 89’. Boa jogada de Gonçalo na direita a cruzar para a área, onde Ricardo, no meio dos centrais contrários, desviou a bola para a baliza. Os serranos conseguiram preservar esta preciosa vantagem até ao final da partida, mesmo reduzidos a 9 jogadores, já que Paulo foi expulso aos 94’.

José Geraldes esteve discreto até ao minuto 83, quando mostrou o segundo amarelo a Mauro por ter tocado a bola com a mão no meio-campo contrário, numa jogada em que o esférico foi rematado à queima-roupa, pelo que o atleta não pôde evitar o contacto. No final, Carlos Ascensão, técnico da equipa da casa, disse que o empate seria o «resultado mais justo», destacando a «excelente exibição» do guarda-redes senense. Do outro lado, António Fonseca mostrou-se satisfeito com uma vitória «justíssima», mas teceu duras críticas ao árbitro: «Já tinha andado pelo Distrital da Guarda há sete ou oito anos e isto já era mau, mas agora está muito pior. É incrível como num jogo destes, em que uma equipa vai à frente com 11 pontos de avanço e é o principal candidato à subida de divisão, apanha um árbitro assim. Com tanto cartão amarelo e vermelho parece que houve aqui uma batalha campal», referiu, dedicando a vitória à anterior equipa técnica liderada por Paulo Jorge.

Ricardo Cordeiro

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