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«Estou certo que a Covilhã vai ter mais uma vez a liderança de Carlos Pinto»

Cara a Cara – Entrevista

P-O grande desafio do PSD nestas autárquicas será conquistar mais uma Câmara?

R-O nosso desafio será ganhar o maior número de Câmaras. Acredito que poderemos conquistar mais uma autarquia em qualquer concelho, mas reconheço que há alguns, como Castelo Branco, em que o PSD tem dificuldades. Estamos a construir uma equipa para ter o melhor resultado possível e é assim que nos vamos apresentar nas eleições, denunciando os erros desta governação socialista no concelho de Castelo Branco. É certo que as dificuldades serão maiores do que no Fundão, mas o PSD parte sempre para ganhar. Acredito que todos os nossos candidatos vão para as eleições para ganhar e estou certo que teremos um óptimo resultado, que poderá ser até uma surpresa para os analistas que dizem que o PSD vai perder as autárquicas. A resposta será dada pelo eleitorado a 9 de Outubro, mas acredito que iremos conquistar muito mais que as seis Câmaras actuais.

P-Marques Mendes deixou transparecer que Carlos Pinto se irá recandidatar à Câmara da Covilhã. É também esse o seu entendimento?

R-Sempre disse, desde o início deste processo autárquico, que a Covilhã é um processo encerrado. Acredito por isso que Carlos Pinto vá anunciar brevemente a sua recandidatura. É a pessoa que convidei e estou certo que a Covilhã vai ter mais uma vez a liderança de Carlos Pinto como presidente.

P-Em relação a Penamacor, o PSD já definiu também o candidato. Pode revelar quem é?

R-Ainda não. Neste momento ainda nada está consolidado, mas temos grandes esperanças em ganhar a Câmara de Penamacor através de uma plataforma de entendimento que estamos a construir naquele município. E estou convicto de que Penamacor é um concelho em que o PSD irá ter uma alegria a 9 de Outubro.

P-Mas será um candidato independente ou um militante?

R-Militante não será, até porque as estruturas partidárias do PSD em Penamacor têm pouca solidez. Ainda nem sequer temos concelhia, o que só acontecerá daqui a um mês. Mas será um nome bem aceite localmente e que reunirá à sua volta vontades suficientes para ganharmos. Estamos a construir uma plataforma de entendimento com o CDS/PP para vencermos a Câmara. Reconhecemos que não é um município fácil, mas estou plenamente convencido que esta plataforma com o CDS/PP é ganhadora e que teremos o apoio dos eleitores para a nossa solução.

P-A decisão de Domingos Torrão avançar como independente, com o apoio do PS, foi um “balde de água fria” para o PSD?

R-Tal como o presidente do partido referiu na sua intervenção, tem que haver honestidade política. Domingos Torrão tinha garantido ao anterior presidente da distrital, aquando das legislativas, que iria assumir os compromissos com o PSD. Quando tomei posse, acreditei que Domingos Torrão iria manter a sua palavra e ser o candidato independente apoiado pelo PSD, como estava previsto no acordo que tínhamos. Ele assim não o entendeu e para nós a vida não acaba aqui. Pelo contrário, começa um novo ciclo e estou convencido que será profícuo para o PSD em termos distritais.

P- Mas, no seu entender, houve aliciamento do PS a Domingos Torrão?

R-É óbvio. Acho muito estranho que, numa altura em que o Governo do PS se prepara para romper 81 contratos-programas legitimados pelo anterior, tenha assinado já contratos-programas e assumido promessas com Penamacor. Isto não é dito ao acaso, mas com conhecimento de causa. Falo, por exemplo, da estrada de ligação a Espanha. É incompreensível que o PS não cumpra compromissos do Estado e que assine outros contratos para que alguém troque de camisola. Aí, já não há problemas de dinheiro. Esta atitude vai ao arrepio de tudo o que é democracia e vamos levantar a nossa voz, denunciando estas fraudes políticas que se estão a fazer.

P-As polémicas em Proença-a-Nova também se referem a alegados aliciamentos?

R-Claro. O candidato do PS era o terceiro vereador eleito pelo PSD na actual legislatura. Foi nomeado assessor do ministro da Agricultura e agora aparece como candidato à Câmara pelo PS. Se isto não é aliciamento, o que será? Aquilo que queremos fazer passar para a sociedade civil é que se pode fazer política com honradez e palavra. Ou então não percebo o que os políticos andam a fazer. É por causa deste tipo de atitudes que a credibilidade política se perde e que a opinião pública desrespeita os políticos.

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