P – Que balanço faz desta Volta a Portugal?
R – Foi uma boa Volta, que acabou por ser uma recompensa por todo o trabalho tido durante a época desportiva.
P – Quase alcançou a glória na Senhora da Graça. Recorda-se do final da etapa? O que sentiu quando Raul Alarcón passou por si a 250 metros da meta?
R – Os últimos 250 metros são um pequeno pormenor. Sinceramente, senti-me sempre o vencedor da etapa.
P – Esse deve ter sido o momento mais difícil desta Volta. Houve mais? Acha que tinha condições para fazer melhor?
R – Sem dúvida que o único momento verdadeiramente difícil que tive na Volta foi o da queda que sofri na chegada à Portalegre, na segunda etapa. Este ano tinha condições para fazer melhor se não tivesse caído.
P – Foi 14º na sua quinta participação na Volta e quase ganhou uma etapa. Se a subida à Torre não tivesse sido anulada acredita que a classificação final teria sido melhor?
R – Não sei. Nesse dia ainda sentia dores da queda, contudo, uma vez que sou trepador, talvez me tivesse sido favorável a subida à Torre.
P – Vai continuar no Boavista, ou o protagonismo deste ano chamou a atenção de outras equipas?
R – A época ainda está a decorrer, portanto não sei dizer qual será a minha equipa para o próximo ano. Ainda está tudo em aberto.
P – Quer avançar com uma escola de ciclismo/BTT na Guarda. Como está esse projeto? Há “matéria-prima” por cá?
R – Esse projeto já avançou em anos anteriores. Matéria-prima até há, infelizmente eu é que não tenho tempo para me dedicar a esse trabalho. Entre o ciclismo e a fisioterapia o tempo que sobra é pouco, de modo que o projeto está agora em “stand by”.
P – Que outros projetos tem para os próximos tempos?
R – Continuar a evoluir no ciclismo e manter ativo o nome da minha empresa de Saúde e Desporto, a “D2J”.
P – Como concilia a sua profissão de fisioterapeuta numa altura em que o ciclismo exige mais de si?
R – Uma vez que a maioria dos meus pacientes é bastante compreensiva, pois sabem qual é a minha situação, acabo por reduzir muito as horas de trabalho enquanto fisioterapeuta.
Perfil:
Ciclista da RP-Boavista
Profissão: Ciclista e fisioterapeuta
Idade: 27 anos
Naturalidade: Guarda
Currículo: Segundo classificado na Volta a Portugal do Futuro de 2013 e vencedor da classificação da juventude, campeão nacional de sub-23 de XCO (2013), vencedor da classificação da juventude da Volta a Portugal (2014), 11º na Volta a Madrid (2016), vencedor do 17º Grande Prémio de Mortágua (2017), vencedor de uma etapa no Grande Prémio ABIMOTA 2018 e 14º classificado na Volta a Portugal de 2018.
Livro preferido: “O Segredo”
Filme preferido: “Avatar”, de James Cameron
Hobbies: Escalada e passear
