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Estaleiro no Largo do Prolar averiguado

Autarquia confirma que licenciou apenas a execução de infraestruturas do futuro centro comercial

O presidente da Câmara mandou averiguar as obras que os promotores do Vivaci Guarda estão a realizar no Largo do Prolar (ao cimo da Rua Almirante Gago Coutinho). Tudo por causa das queixas dos moradores sobre a ocupação da via e a forma como estão a decorrer os trabalhos. O assunto foi levado à reunião do executivo da última quarta-feira por Ana Manso. A vereadora do PSD quis saber o que se passava e ficou a saber que a autarquia só licenciou, provisoriamente, intervenções nas infraestruturas eléctricas, de saneamento e águas.

«Não entendemos por que é que a acessibilidade ao centro comercial invade o largo. Ela não foi devidamente discutida e, portanto, tem que ser analisada para saber se está legal ou se estão em curso trabalhos que não foram aprovados pelo executivo, nomeadamente os acessos», estranhou Ana Manso. A social-democrata classificou o processo de «confuso», pois «pelos vistos, ninguém sabe por que é que as obras estão a avançar sem terem sido discutidas e aprovadas pelo executivo. Isso ficou claro na reunião». A tal ponto que Joaquim Valente pediu um relatório ao director do Departamento de Planeamento e Urbanismo (DPU), Delfim Silva. «A indicação que me deram é que o que está aprovado e licenciado tem a ver com a execução, provisoriamente, de infraestruturas. Mas acredito que os pareceres que têm sido dados pelos técnicos acautelarão a segurança das pessoas e o domínio público», sublinhou o autarca.

As conclusões desse relatório, elaborado no dia seguinte, não tinham sido divulgadas até ao fecho desta edição. Contudo, o presidente admitiu que «não se pode embargar uma intervenção que, provisoriamente, está licenciada pela autarquia», embora possa haver lugar à «reposição da situação tal como estava no Largo do Prolar». Joaquim Valente confirmou ainda que o acesso ao parque de estacionamento do Vivaci Guarda vai fazer-se pelo largo, mas revelou que «ainda não foram feitas todas as diligências» para aprovar a sua execução. «Não sabemos se é ou não por túnel, tudo está em aberto, apesar do acesso ter que ser feito por ali», acrescentou o autarca, para quem uma obra desta dimensão cria «sempre perturbação» na envolvente. No entanto, tem um aspecto positivo, na sua opinião, «que é terminar com um vazadouro dentro da cidade, requalificando um espaço, as infraestruturas e criando estacionamento para o centro histórico. Estou convicto que, no final, os cidadãos olharão para aquele equipamento como um factor positivo», afirmou.

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