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«Esta é uma forma de estarmos cada vez mais próximos dos nossos utentes»

Cara a Cara – Entrevista

P- Como está a ser recebido o projecto de entrega de medicamentos ao domicílio da Farmácia da Sé?

R – Está a correr dentro das nossas expectativas. O serviço está disponível desde o dia 19 de Maio e temos recebido alguns pedidos, não com muita frequência, mas conforme o esperado. Gradualmente, começa a consolidar-se uma certa adesão. Têm recorrido sobretudo pessoas que pretendem a entrega da medicação no local de trabalho, porque têm uma vida muito ocupada, e idosos que têm receitas em seu poder e que nos contactam através da linha verde.

P – Que vantagens é que este projecto traz aos utentes?

R – Quando iniciámos o serviço, fizemo-lo no sentido de aproveitar a nova legislação, que entrou em vigor em Abril, e que permite que as farmácias possam fazer entregas ao domicílio e vendas pela Internet. Desde logo, foi um projecto a que nos propusemos como um desafio que visa, sobretudo, o bem-estar do utente, para que este tenha um maior e melhor acesso ao medicamento. Aliás, nós sabemos que há muitos idosos que vivem sozinhos e que têm uma certa dificuldade em se deslocarem. Assim, este é um serviço que podemos prestar e que, de algum modo, contribui para poupar as deslocações dos utentes.

P- Até que ponto considera que a Guarda tem mercado para este projecto?

R- A nível nacional, fomos uma das primeiras farmácias a iniciar o serviço que, de resto, é gratuito para a cidade da Guarda e periferia – o que inclui Guarda-Gare e as aldeias mais próximas, como Maçaínhas, Vale de Estrela, entre outras. Agora, vamos ver como é que as pessoas aderem e se sentem necessidade de recorrer a esta possibilidade ou não.

P – Acredita, portanto, que terá continuidade?

R- Sim, sem dúvida.

P – A requisição do serviço implica o aumento do preço do medicamento?

R – O serviço gratuito compreende a Guarda e periferia. Para irmos mais longe, e em função da distância, há um custo adicional, uma pequena taxa. Até 15 quilómetros de distância, a taxa de deslocação será de 7,5 euros. Para além dessa distância, o valor aumenta para 10 euros. Porém, só actuamos no concelho da Guarda.

P – Como é possível requisitar uma entrega?

R- O serviço está disponível de várias formas. Existe, desde logo, uma linha verde, muito fácil de memorizar, que é o 800 271 112. O pedido também pode ser feito através da Internet, até porque reformulámos a página da Farmácia há bem pouco tempo. Foi também criada uma caixa de correio no exterior da loja, que pode ser usada 24 horas por dia e onde o utente pode deixar a receita médica e um impresso próprio onde indica o local e a hora onde pretende que os seus medicamentos lhe sejam entregues. Dentro da farmácia existe ainda um balcão “self expresso”, onde a pessoa pode colocar as suas receitas. No caso dos medicamentos com receita médica, é sempre obrigatória a sua apresentação.

P – A aposta neste serviço acaba por trazer custos adicionais para a Farmácia?

R- Obviamente que se torna dispendioso, mas não podemos pensar apenas nesse factor. Na verdade, trata-se de uma forma de estarmos cada vez mais próximos dos nossos utentes. É mais um serviço que a Farmácia presta e que encaramos como uma mais-valia para o utente e um investimento para nós. Até porque, para já, somos a única Farmácia do distrito autorizada a prestar este serviço.

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