Uma equipa de técnicos espanhóis irá deslocar-se este mês à Serra da Estrela, com o intuito de analisar a possível ampliação da estância de esqui da Torre, em conjunto com uma equipa portuguesa já formada para o efeito. «Neste momento, apresenta-se-nos um dilema. Todas as estâncias espanholas estão a desenvolver projectos de ampliação», explica Artur Costa Pais, o administrador da Turistrela. Por isso, a palavra de ordem é «não perder competitividade».
É que a estância da Serra da Estrela, que abriu oficialmente a época de esqui na última terça-feira, possui, até ao momento, uma extensão de apenas cerca de seis quilómetros de pistas, ao passo que os vizinhos espanhóis pensam alargar-se para áreas «que podem vir a rondar os 40 quilómetros esquiáveis». Deste modo, o objectivo será «quadriplicar» a actual área. Paralelamente, a equipa espanhola contratada vai também arquitectar a instalação de novos meios mecânicos de ligação da Torre com as Penhas da Saúde, Lagoa Comprida e Alvoco da Serra, cujos anteprojectos deverão ser revelados nos próximos meses. A ideia é, segundo o empresário, «anular definitivamente» o acesso de carros ao ponto mais alto e salvaguardar questões ambientais, uma vez «que o excesso de trânsito na serra traduz-se num impacto ambiental negativo». Concluídos estes projectos, «todos os utentes poderão ter a certeza que chegam à Torre em segurança, mesmo com vento superiores a 100 quilómetros por hora», e sem o habitual constrangimento do estacionamento, «já que aos fins-de-semana apenas 20 por cento dos visitantes consegue estacionar», refere o empresário. Para já o trabalho da equipa consiste em inventariar tudo o que existe para se realizarem depois ante-projectos. Mesmo assim, Artur Costa Pais acredita que esta primeira fase estará concluída «no primeiro semestre do próximo ano».