Miguel Nascimento, que liderou a única lista à liderança da concelhia socialista da Covilhã, foi eleito, no sábado, presidente desta estrutura, com 90,5 por cento dos votos. Participaram nestas eleições pouco mais de 38 por cento dos militantes inscritos. A escolha do candidato à Câmara é «tarefa urgente», refere Miguel Nascimento, para quem este deve ser «um processo sem pressões».
Apesar dos 38,4 por cento, que se traduz numa participação de 190 votantes – num universo de 494 inscritos nas secções da Covilhã, Tortosendo e Cortes do Meio –, o novo presidente da concelhia diz-se satisfeito com o resultado destas eleições antecipadas. O também delegado regional do Instituto Português da Juventude (IPJ) e ainda vereador na Câmara da Covilhã considera que os números são «um sinal muito grande da vitalidade do partido», para depois notar que «estamos a falar de um quadro de lista única, em eleições num fim-de-semana e numa altura que é de férias para muita gente». Miguel Nascimento sucede a Telma Madaleno, que se demitiu do cargo há cerca de dois meses, após a saída de elementos da comissão política e de divergências internas, nomeadamente questões relacionadas com a escolha do cabeça de lista às próximas autárquicas.
O seu sucessor diz-se convicto de que o partido vai conseguir apresentar «um projecto alternativo forte» à actual governação do social-democrata Carlos Pinto, mas recusa para já a adiantar nomes ou a comprometer-se com prazos para a apresentação do candidato. Questionado por O INTERIOR se será Vítor Pereira, nome que tem vindo a ser referido ultimamente nos bastidores do meio político, Miguel Nascimento não quis comentar, referindo apenas que «há muitos quadros no partido e muitas alternativas para a elaboração das diferentes listas». Além do mais, o PS conta com «muita gente, com grandes capacidades, como independentes». A nova Comissão Política Concelhia vai tomar posse a seguir à Páscoa, numa data a agendar, sendo que a escolha do candidato está no topo da agenda política dos socialistas. «Não entendo porque motivo há tanta pressão no PS Covilhã nesta matéria, numa altura em que os outros partidos também ainda não apresentaram os seus candidatos», lembra o dirigente socialista.