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Escolas da Covilhã deverão reabrir sem quadros preenchidos na totalidade

Responsáveis dizem estar tranquilos e que a situação não é preocupante

Na Covilhã, e à semelhança do que tem acontecido por todo o país, a maioria dos estabelecimentos de ensino deverá reabrir o ano lectivo 2004/2005 sem que o quadro docente esteja todo preenchido. Mas a situação parece não preocupar, por enquanto, os presidentes dos concelhos executivos das quatro escolas contactadas por “O Interior”, que asseguram que as portas vão abrir no próximo dia 16 de Setembro.

De todas as escolas abordadas é a Secundária Frei Heitor Pinto, na Covilhã, que parece estar mais tranquila neste atribulado processo de colocação dos docentes este ano. «Por sermos uma escola antiga, temos um quadro estabilizado e por enquanto não temos problemas na colocação dos docentes», revelou Aníbal Mendes, presidente do conselho executivo, adiantando que «apenas uma turma do ensino nocturno está dependente da abertura». Faltam três professores e três alunos para que a mesma fique com os 24 alunos, o número mínimo para poder funcionar durante a noite. Fora isso, «está tudo operacional» para que a escola reabra as portas a 16 de Setembro com a apresentação das turmas e começar as aulas em força no dia 20. Já na Secundária Campos Melo, a situação não é tão favorável quanto na escola vizinha. Faltam cerca de 18 a 20 professores para preencherem o quadro docente de 150 lugares mas, apesar dessa pequena lacuna, a vice-presidente do conselho executivo, Ana Paula Fernandes, considera que a escola «não vai encontrar muitas dificuldades». A única preocupação é com as turmas do 7º ano de escolaridade, visto serem os mais afectados com a falta dos professores.

Na Escola Secundária do Fundão a situação também parece estar «estável», faltando apenas 14 professores para preencherem «oito horários incompletos e seis ainda por preencher», explica o presidente do conselho executivo, que se orgulha de ter «um quadro estável» em que cerca de 90 por cento dos professores se mantêm como efectivos há algum tempo. «Se tivéssemos uma grande mobilidade, aí seria muito complicado», diz Estêvão Lopes. Na Escola Básica 2º e 3º ciclos com Ssecundária Pedro Alvares Cabral, em Belmonte, «falta apenas preencher sete horários e mais nove incompletos» num quadro de 90 docentes, mas que agora apenas possui pouco mais de 70, adianta David Canelo, para quem as dificuldades só poderão surgir se o Ministério da Educação demorar muito tempo a preencher as vagas. Todavia, o presidente do conselho executivo não deixa de criticar o «processo patético», que «está todo mal» desde o início, desabafando que a situação está mesmo a causar «transtornos» à escola impedindo-a de preparar o ano lectivo. Em sintonia parecem estar o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) e o Sindicato da Zona Centro (SPZC), que culpam o Governo e o Ministério da Educação de «incompetência» e ponderam instaurar queixas por causa dos problemas causados aos professores, pais e alunos. As estruturas deverão reunir ainda esta semana para debater as acções de luta a desenvolver assim que os resultados da colocação das vagas forem preenchidos.

Liliana Correia

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