Pode estar para breve a chegada de novas licenciaturas à Escola Superior de Saúde (ESS) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Este é um desejo do presidente do IPG, Constantino Rei, e da diretora da ESS, Paula Coutinho, manifestado na cerimónia evocativa dos 50 anos da instituição realizada na passada quinta-feira.
«A escola quer crescer com sustentabilidade» e para isso é necessário alargar a oferta a nível das licenciaturas com «pelo menos mais uma», declarou Constantino Rei. Ainda não está decidido quais serão, mas Paula Coutinho adiantou que poderão ser «cursos novos, com novas designações, que resultem daquilo que é a necessidade a nível da prestação de cuidados e investigação em saúde». Relativamente às instalações da Escola de Saúde, «não são uma prioridade» para o presidente do Politécnico, embora esse seja um desejo da direção da escola. «Novas instalações não se perspetivam nos próximos anos», confirmou Constantino Rei, uma vez que para isso é necessário ajuda externa e «com a crise acabaram-se os investimentos em infraestruturas escolares».
No entanto, não fica de parte o investimento nos equipamentos e infraestruturas da escola, mas será de forma «gradual», tal como já aconteceu num dos blocos que foi recentemente alargado e permitiu a criação de quatro novas salas e gabinetes para professores. «Antes não tínhamos uma sala para 80 alunos, hoje temos duas», exemplificou o responsável, que assumiu que «há espaços que precisam de recuperação e de reconversão». A possível mudança de local da ESS, que se situa junto à ULS, para o campus do Politécnico já esteve em cima da mesa há uns anos, mas sem financiamento para investir num novo edifício «vamos apostar nestas instalações, dotá-las o melhor possível, tirar proveito das paredes meias com a ULS e investir em equipamento laboratorial», assumiu Constantino Rei.
Se o número de colocados no IPG tem diminuído a cada ano, a Escola de Saúde tem fugido à tendência. Recebe cerca de 540 alunos, «está quase no limite da sua capacidade», garantiu o presidente do Politécnico. No entanto, o importante é continuar a atrair alunos para que a Escola possa contar mais 50 anos e, para isso, «a instituição está num momento de viragem, os docentes também se requalificaram e investiram na sua formação e estão em condições de retribuir à escola e à sociedade esse investimento». Constantino Rei não tem dúvidas que a ESS «dá-nos garantias quanto ao futuro» e «poderá reforçar o peso que já tem no Instituto». Nesta cerimónia, que contou com a participação de João Queirós, diretor-geral do Ensino Superior, foi apresentado o livro “Escola Superior de Saúde: 50 anos de formação em Enfermagem, 10 anos de formação em Farmácia”.
Ana Eugénia Inácio