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Escape Livre nega chantagem

Fui surpreendido, na última edição de “O Interior”, com uma apreciação negativa na coluna “No fio da navalha”. Dado que me conhece, penso que seria suficiente afirmar-lhe que quer a Câmara, quer o Governo Civil, sabiam dos prejuízos do projecto e que esta iniciativa se esgotava em 2005, pelo que nunca faria sentido falar em chantagem. (…) Dado que a nota publicada me parece injusta e, pelo menos é minha convicção, terá origem em deficiente informação, muito gostaria de esclarecer o seguinte:

(…)

Desde o final da primeira prova em Madrid, em Abril, que temos abordado informalmente este tema com as instituições parceiras dando-lhes conta dos acontecimentos, dos resultados, das dificuldades financeiras, etc. Nunca no sentido de sermos ressarcidos de qualquer verba, mas com o intuito dos nossos parceiros conhecerem os custos e o andamento do projecto. Daqui resulta que as entidades envolvidas estavam a par do projecto, pelo que não constituía surpresa que o mesmo fosse dado como concluído na ocasião do balanço final. Por outro lado, o Clube assumiu o prejuízo deste projecto, nomeadamente por quanto atrás ficou escrito. Assim não teria cabimento qualquer espécie de pressão ou chantagem. Primeiro porque, como refere “O Interior”, «o Escape Livre não precisa deste tipo de expediente». Depois, e mais importante, porque nem eu próprio nem o Clube alguma vez utilizaram qualquer forma de chantagem nos projectos em que se envolveram. (…)

Outra coisa diferente é a Câmara ou o Governo Civil entenderem que face aos importantes resultados obtidos o projecto devia continuar. Ou seja, que o projecto devia ser repetido. Quanto a esta questão o que o Clube e eu próprio dizemos (…) é que ele poderia ser repetido, mas também que não haverá grande probabilidade disso acontecer. Pode não ser politicamente correcto dizê-lo, mas é a realidade. E é essa realidade que o Escape Livre conhece e que nos últimos anos sempre tem merecido, e por mais de uma vez, apreciação positiva por parte do jornal “O Interior”.

Luís Celínio, presidente do Clube Escape Livre, Guarda

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